Honda lamenta, de verdade, saída de Brendon Hartley da Toro Rosso

Normalmente os finais de ciclo para um piloto na Fórmula 1 são marcados por declarações de circunstâncias, como as usadas para quem perdeu o emprego (algo do tipo “gostaríamos de prosseguir a colaboração mas infelizmente não foi possível”, ou “agradecemos pelo período juntos e desejamos sucesso nos projetos futuros”), mas, ao fim da temporada 2018, um caso em especial chama a atenção e foge dos padrões. Os japoneses da Honda lamentaram, de verdade, a interrupção do trabalho com o neozelandês Brendon Hartley na Toro Rosso, sugerindo que muito do eventual sucesso ano que vem não só com o time de Faenza, mas também com a Red Bull, pode ter contado com uma colaboração valiosa do campeão mundial de Endurance de 2017.

A ponto de os dois principais dirigentes da montadora nipônica no circo “perderem tempo” destacando a importância do agora desempregado Hartley. “Ele deu a todos nós muita força e confiança depois de várias temporadas difíceis. Particularmente destaco a sexta posição de largada em Suzuka, que significou muito para nós. Brendon, sentiremos sua falta, mas você será muito bem-vindo quando quiser degustar algum dos pratos japoneses de que gosta tanto”, comentou o diretor geral Masashi Yamamoto. O diretor-técnico Toyoharu Tanabe detalhou os predicados, para a Honda, de um piloto que sofreu com a confiabilidade mecânica e o fato de ter um companheiro veloz e promissor como Pierre Gasly. “Ele sempre nos passou informações precisas e relevantes, baseado em sua imensa experiência com unidades híbridas, como duas vezes vencedor das 24h de Le Mans e campeão mundial de Endurance. Seu feedback nos ajudou a acelerar a evolução ao longo do ano”, destacou.

Também pelas redes sociais, o piloto se pronunciou pela primeira vez e deixou claro seu ressentimento ao agradecer “a quase todas as 500 pessoas que fazem parte da Toro Rosso” e afirmar que tem um “negócio em aberto com a F-1, por enquanto posto de lado”.

Embora ligado sentimentalmente à Porsche, Hartley dificilmente aceitaria um programa com os 911 GT RSR, diante da experiência com equipamento bem mais potente. E não seria de se estranhar se surgisse um convite para disputar o campeonato da Super Formula com um propulsor Honda nas costas – ou mesmo uma oportunidade na Indycar em algum dos times motorizados pelo HPD (vale lembrar que o neozelandês estava apalavrado com a Ganassi para um time 100% kiwi este ano, mas acabou optando pelo ‘bilhete premiado’ da F-1).

 

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