Finlandesa revela proposta machista por vaga na Indy Lights

A história se passou em 2010, mas veio a público uma década depois por decisão da própria personagem principal. Então com 21 anos e vinda de uma sólida carreira no kart – deu trabalho, entre outros, a Kevin Magnussen e Marcus Ericsson -, a finlandesa Emma Kimilainen teve, depois das primeiras experiências com carros de fórmula (vice-campeã da F-Ford Nórdica em 2006), a chance de disputar uma temporada na Indy Lights. Melhor ainda, sem precisar levar dinheiro de patrocinadores.

O nome dela não costa dos registros da categoria de acesso à F-Indy (que na época contava com Danica Patrick, Simona de Silvestro e Bia Figueiredo), e não se trata de acaso. Num episódio de um podcast de automobilismo de seu país, ela falou sobre o que estava por trás da proposta. Seu carro seria patrocinado por uma revista masculina que, inicialmente, queria uma foto de biquini da piloto. Depois, pensou numa pose de topless.

“Rejeitei a oferta sem pensar duas vezes. Hoje é algo que parece absurdo e errado, mas o respeito aos direitos e à imagem da mulher era bem diferente há uma década. Ainda que eu me sinta um pouco envergonhada por revelar tudo isso, como mãe de uma menina de sete anos fico feliz pelo progresso nos direitos da mulher e na luta pela igualdade de gêneros. Ainda há muito a fazer, mas o caminho é esse”, revela a finlandesa de 31 anos.

Não só o acordo foi rompido, como Emma se manteve por quase quatro anos longe das pistas. Depois de retornar em categorias de turismo (STCC) e protótipos (Radical Cup), ela hoje é uma das 18 integrantes do grid da WSeries. Com direito a vitória na primeira temporada da categoria de fórmula exclusiva para mulheres. “É um privilégio ser parte de um campeonato que está mudando a cara do esporte motor”, destaca.

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