Brasileira encara seletiva britânica Formula Woman pelo sonho de seguir nas pistas

Cada vez mais as mulheres estão presentes nas pistas do mundo. E surgem iniciativas para ampliar a presença feminina no automobilismo internacional – o programa FIA Girls on Track Rising Stars foi lançado em 2020 e a WSeries vai para seu segundo ano de disputa, agora como preliminar da F-1. Nos casos, com participação brasileira destacada – Julia Ayoub e Antonella Bassani ficaram entre as quatro finalistas da seletiva promovida com a Ferrari Driver Academy, enquanto Bruna Tomaselli vai disputar o campeonato de monopostos. Em 2021, outra representante verde e amarela vai buscar um futuro profissional sobre quatro rodas. A mineira Natália Xavier é uma das inscritas no Formula Woman. O projeto retoma uma iniciativa de sucesso na Inglaterra e dará, às vencedoras, a chance de disputar o British GT 2022, com dois McLaren 570S GT4.

Natália, de 23 anos, estreou nas pistas em 2009 e, quando completou 15 anos, trocou a festa por um kart novo de presente. Ao longo desse tempo, participa de competições amadoras e profissionais e dribla as limitações no orçamento com uma rotina intensa de treinos. O currículo tem inclusive um período de alguns meses na Inglaterra, onde teve a chance de aprimorar a pilotagem e conhecer a realidade de uma das mecas do automobilismo internacional. O que reforçou a ideia de lutar por uma das vagas no Formula Woman.

“Há uns dois ou três anos venho procurando por algo após o kart, uma saída para categorias de base ou que me permitam continuar com o sonho de ser uma pilota profissional e fazer o que mais gosto na vida. Nunca tive apoio de coach para me ensinar, aprendi na maioria das vezes sozinha assistindo vídeos onboard, fazendo perguntas aos mais experientes e procurando colocar em prática na pista”, diz a mineira que, nas redes sociais, revela a admiração por um piloto em especial. A hashtag @BrazilianGrit é uma homenagem ao australiano Mark Webber, de quem tem o autógrafo no capacete.

Diante dos custos de viagem, ela está em busca de patrocinadores e lançará em breve uma vaquinha virtual para complementar o orçamento. Graeme Glew, responsável pela seletiva, estuda a possibilidade de fazer a primeira parte das avaliações no Brasil, o que ajudaria na logística.

Retorno

O Formula Woman foi criado em 2004 e, na época, se limitou a pilotos britânicas. Das 10.000 candidatas foram selecionadas as 16 finalistas, que disputaram um monomarca em três etapas com os Mazda RX-8. Todo o processo mostrado na TV numa espécie de reality show – e Natasha Firman (irmã do ex-F1 Ralph Firman) foi a campeã.

Mais uma vez o projeto mira quem tenha pouca ou nenhuma experiência nos carros. As finalistas se enfrentarão em fevereiro para a escolha das vencedoras, que passarão por um processo de adaptação e preparação antes da estreia no British GT. Como na versão original, as etapas do projeto serão mostradas na TV britânica.

Siga o Racemotor no:

Threads

Instagram

Facebook

Twitter

Você também pode gostar
Deixe seu comentário

Este site utiliza cookies para aprimorar sua experiência. Clique em Aceitar se concordar. AceitarLeia mais