Ferrari domina sexta da F-1 na Espanha, com Mercedes próxima

Charles Leclerc foi o mais rápido nos treinos livres da sexta-feira para o GP da Espanha, sexta etapa do Mundial de F-1 2022. A presença da Ferrari à frente em Montmeló não é supresa – foi assim nos testes de pré-temporada e o time italiano levou para Barcelona sua primeira grande evolução aerodinâmica. Surpresa sim na segunda e terceira posições – George Russell e Lewis Hamilton.

Os dois foram à pisrta com um novo assoalho, testado por Russell no começo da semana em Paul Ricard. Visualmente, o componente reduziu bastante o porpoising (as ondulações da suspensão nas retas causadas pelo efeito-solo). E o resultado se confirmou na pista.

Leclerc marcou 1min19s670 no FP2. Foi 0s117 mais rápido que Russell e 0s204 que Hamilton. Assim como o companheiro Carlos Sainz (quarto), o líder do campeonato reclamou do desgaste excessivo dos pneus médios e macios. Fenômeno acentuado pelos termômetros acima dos 30ºC. Max Verstappen (Red Bull) fechou o dia em quinto, a 0s336 do monegasco.

Bom desempenho para as Alpine, com Fernando Alonso em sexto e Esteban Ocon em nono. Mick Schumacher colocou a Haas mais uma vez entre os primeiros. Para a McLaren, uma sexta-feira difícil. Lando Norris perdeu boa parte do FP2 após escapar da pista e danificar o assoalho de uma MCL36 com novidades aerodinâmicas. Daniel Ricciardo foi apenas o 15°.

No FP1, três pilotos ocuparam os carros dos titulares em seus times. Robert Kubica andou na Alfa Romeo de Guanyu Zhou e foi 13º. Nick de Vries substituiu Alex Albon na Williams e ficou com a P.18, à frente de Nicholas Latifi. Juri Vips (Red Bull) fechou a fila.

Polêmica

A Aston Martin não estreou apenas um pacote aerodinâmico, mas uma versão B de seu AMR22. Numa comparação visual, chamou a atenção a semelhança com a Red Bull RB18, especialmente nas laterais e na carroceria do motor. O que levantou a suspeita de cópia – ainda como Racing Point, o time acabou punido em 2020 por usar componentes idênticos aos da Mercedes em áreas proibidas.

Suspeita ainda mais forte diante da contratação de sete técnicos da equipe do Touro Vermelho no ano passado (o principal deles o chefe de aerodinâmica Dan Fallows). Por regulamento, eles foram obrigados a cumprir uma quarentena e só iniciaram o trabalho na Aston Martin em abril. O departamento técnico da FIA se manifestou e garantiu que não houve uso de informações da Red Bull. O modelo do AMR22B teria sido vistoriado ainda em novembro do ano passado.

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