Ducati também entra no motocross, com o suporte de astro italiano
DucatiA Triumph não é a única marca lendária do motociclismo mundial a apostar na poeira. Se a casa britânica já revelou seu modelo 250cc quatro tempos que estreia ano que vem no Mundial de Motocross MX2, nesta terça-feira foi a vez de a Ducati anunciar o desenvolvimento de uma moto para a modalidade. A casa de Borgo Panigale contratou ninguém menos que Antonio Cairoli, dono de nove títulos mundiais, para liderar o desenvolvimento e os testes. No fim da semana passada a KTM havia anunciado a saída de Tony de sua estrutura.
O motocross não é exatamente uma novidade para a fabricante italiana, que hoje pertence à Audi. No começo dos anos 1970, a Ducati teve modelos para o MX, enduro e Scrambler. Além disso, nos anos 1990, fez parte do grupo Cagiva, dos irmãos Castiglioni, que conquistou vários títulos com as WMX vermelhas, inclusive no Brasil.
O trabalho na nova Ducati MX começou há dois anos e os protótipos já aceleram nas pistas italianas. Tanto assim que a estreia em competições está programada para o Italiano de Motocross 2024, em parceria com a Madii Racing, que será a estrutura de referência para as competições da modalidade. Time criado por Corrado Madii, duas vezes vice-campeão mundial das 125cc, não por acaso, com uma Cagiva.
Desmo
Segundo a imprensa italiana, o primeiro modelo a ser lançado é a 450cc (MX1). A Ducati confirmou que a máquina, assim como os modelos de pista e vários dos de produção, contará com o sistema desmodrômico de acionamento da válvulas, uma marca registrada dos motores da casa bolonhesa. A promessa é de alargar a gama com máquinas para enduro e também versões de rally, de modo a lutar pelo protagonismo em provas como o Dakar, assim como nos tempos da Cagiva.
Alessandro Lupino comandará a Ducati MX no Italiano e não estão descartadas participações esporádicas do próprio Cairoli. A moto não deve demorar muito a aparecer – especula-se que será exposta no EICMA, o Salão da Moto de Milão.
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