Em Assen, Goiânia faz investida para voltar a receber o Mundial de MotoGP

Goiânia, o primeiro palco do Mundial de Motovelocidade (hoje MotoGP) no Brasil quer voltar a receber a categoria, e já em 2025. Uma delegação representando o Governo de Goiás estará em Assen, no GP da Holanda, e visitará em seguida a sede da Dorna, na Espanha, para apresentar uma carta de intenções que, de acordo com as conversas iniciais, evoluiria para um contrato de três anos. Depois da tentativa frustrada no Rio de Janeiro (o circuito de Realengo nunca saiu do papel), a organizadora da competição, agora parte da Liberty Media, mantém o desejo de retorno ao país.

Como detalha reportagem de O Popular, principal jornal da capital goiana, o próprio governador Ronaldo Caiado está à frente do esforço para que o Autódromo Internacional Ayrton Senna receba treinos e corridas de MotoGP, Moto2 e Moto3.

A pista de 3.835m foi visitada pela primeira vez pelo Mundial em 1987, após um Pré-Mundial 250cc disputado em Brasília, no ano anterior. Na época, apenas as categorias maiores (250cc e 500cc) corriam fora da Europa e as vitórias ficaram com Dominique Sarron e Wayne Gardner, respectivamente. O traçado agradou aos pilotos e Goiânia ainda sediou os GPs de 1988 e 1989. Recebeu também treinos coletivos de pré-temporada. As condições de segurança – caixas de brita, dimensões das áreas de escape e seu posicionamento; zebras e afastamento dos guard-rails – atenderam perfeitamente às especificações da Federação Internacional de Motociclismo (FIM) para o período.

Interlagos e Jacarepaguá

O Mundial retornaria em 1992, desta vez em Interlagos. Já então o circuito paulistano exigiu mudanças para atender aos padrões da FIM. Uma chicane travada foi criada na Subida da Junção para diminuir a velocidade de entrada na Reta dos Boxes. De 1995 a 2004, o hoje destruído Autódromo de Jacarepaguá (Rio de Janeiro) se transformou na sede mais constante do GP Brasil.

Os novos tempos da MotoGP, com motos bem mais velozes, tornaram os protocolos de segurança bem mais rigorosos. Os representantes do governo goiano garantem que os ajustes necessários (que incluem a instalação dos airfences, as muretas de proteção flexíveis) não exigirão obras demoradas ou complicadas. Melhorias foram feitas após o acidente que vitimou a piloto Indy Muñoz, em 2020, mas o projeto original do autódromo completa este ano meio século.

É esperar para ver se o projeto se concretizará ou se mais uma vez o esperado retorno da MotoGP ficará no papel. Interesse pela motovelocidade, público para lotar as arquibancadas e mesmo um piloto (Diogo Moreira) em uma das principais categorias o Brasil tem.

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