Tudo bem que as máquinas da Nascar são, na verdade, um conjunto de tubos soldados, uma gaiola praticamente padrão coberta pela carroceria por conta das rígidas regras técnicas, mas as três montadoras envolvidas oficialmente na categoria não participam apenas por diversão. A ordem é tentar ligar ao máximo o visual da pista com os modelos à venda nas concessionárias norte-americanas. Tanto assim que Ford e GM resolveram carregar suas baterias em Mustang e Camaro, respectivamente – na teoria não stock cars, mas muscle cars –, o que, na hora de vender, é o mais importante, já que seus sedãs médios perdem espaço ou não teriam apelo nos ovais. A primeira ainda mantém na Monster Cup Series o Fusion, mas deixou claro que o modelo está com os dias contados, pois não ganhará nova geração.
Presente tanto na Monster quanto na divisão de acesso Xfinity Series, a Toyota vinha apostando na mesma bolha (regras à parte): a do Camry, o modelo mais vendido na terra do Tio Sam. Agora, no entanto, traz para o cenário da Nascar um nome que se destacou nos mundiais de Rally e Turismo na década de 1980: Supra.
A partir da próxima temporada, as máquinas japonesas na Xfinity vão reproduzir, dentro do possível, o esportivo de motor dianteiro, que está de volta com uma base mecânica desenvolvida em parceria com a BMW (será a nova geração do Z4). O Supra de produção, que deve ser revelado oficialmente em breve, é menor em todos os aspectos, o que levou o TRD (a divisão de competições da Toyota nos EUA) a uma certa ginástica para reproduzir suas formas. Vai ter quem goste, quem torça o nariz, espera-se que ele tenha também uma versão GT para provas de endurance mas, de todo modo, a partir de 2019 será assim.
Back and headed to the track… #Supra to make racing debut in @NASCAR_Xfinity next year! More: https://t.co/QAqUTyOui2 #NASCAR #XfinitySeries pic.twitter.com/MeSMNGELlB
— Toyota USA (@Toyota) 5 de julho de 2018