O fim de semana sobre quatro rodas pelo mundo foi movimentado e, o que é melhor, com vitórias brasileiras em campeonatos de prestígio. O Racemotor traz um resumo do que rolou nas principais competições:
GP3
Se no sábado os carros da equipe francesa ART dominaram o pódio em Silverstone, com o francês Antoine Hubert no degrau mais alto, domingo foi a vez do troco da equipe italiana Trident, com direito a mais um Piquet vencendo. Pedro, irmão mais novo de Nelsinho, soube se valer da posição favorável de largada (graças à sétima posição da véspera) para superar o companheiro de time e igualmente herdeiro (Giuliano Alesi), cruzando a linha em primeiro para a festa do pai, chamado à entrega de troféus assim como o amigo e rival Jean Alesi. A cena foi uma das mais marcantes do fim de semana de GP da Grã-Bretanha de F-1.
Fórmula Indy
O “prefeito de Hinchtown” voltou a atacar. Depois de ficar fora das 500 Milhas de Indianápolis e ver o companheiro da equipe SPM Robert Wickens roubar as manchetes pelo ótimo desempenho, James Hinchcliffe não tomou conhecimento do campeão Josef Newgarden, bem como do ótimo desempenho do trio da Penske para voltar ao alto do pódio no oval curto (1.400m) de Iowa, pela 11ª etapa do campeonato. Newgarden perdeu a segunda posição ao optar pela troca dos pneus numa bandeira amarela a sete voltas do fim, apostando numa relargada que não ocorreu. Com isso, Spencer Pigot (ECR) conquistou seu melhor resultado na categoria, seguido por Takuma Sato. Com um carro praticamente inguiável nas mãos, Tony Kanaan (Foyt) não pôde ir além do 17º posto, enquanto Matheus Leist, seu companheiro de time, voltou a abandonar.
Na Coke Zero 400, segunda visita anual da categoria a Daytona (tradicional por marcar a data da independência norte-americana), quem melhor lidou com os “big ones” que dizimaram o pelotão foi o novato prodígio Erik Jones. Substituto de Matt Kenseth no Toyota #20 da Joe Gibbs Racing, ele não se intimidou com o campeão Martin Truex Jr. para, na prorrogação, conquistar sua primeira vitória e se garantir nos playoffs.
International GT Open
A visita da série europeia de GT (campeonato criado pelo ex-piloto Jesus Pareja como opção mais acessível ao Blancpain) a Hungaroring foi marcada por duplo triunfo brasileiro. No sábado, em sua primeira participação na série, Daniel Serra e o italiano Marco Cioci levaram a Ferrari 488 GT3 do time Luzich Racing ao alto do pódio. No domingo, foi a vez de Allam Khodair e Marcelo Hahn, partindo da pole, conquistarem a primeira posição com a Mercedes AMG GT da equipe Drivex.
Euroformula Open
Felipe Drugovich está fazendo, do campeonato, que usa os chassis Dallara F312 com motores Toyota e é disputado em conjunto com o GT Open, a série de um piloto só. Na Hungria, ele voltou a garantir as duas vitórias e só não ficou com a pole da segunda corrida (conquistada pelo holandês Bent Viscaal). Com sete triunfos em oito possíveis, Drugovich, da RP Racing, soma 178 pontos, quase o dobro do também brasileiro Matheus Iorio, que vem em segundo.
Na visita anual da série norte-americana de endurance ao desafiador traçado canadense de Mosport, mais uma vez um protótipo LMP2 levou a melhor sobre os DPi desenvolvidos e apoiados oficialmente pelas montadoras. Mérito, desta vez, do Oreca-Gibson da equipe Core Autosport, comandado por Colin Braun e Jon Bennett. O primeiro, que já havia garantido a pole (ao optar por largar com o gentleman Bennett o time foi obrigado a sair no fundo do pelotão), tomou a ponta de Jordan Taylor a 12 minutos do fim, com o Cadillac da equipe Konica Minolta em segundo. Felipe Nasr e Eric Curran (Cadillac da Action Express) completaram o pódio e lideram o campeonato, recebendo a bandeirada logo à frente de Christian Fittipaldi e Felipe Albuquerque, companheiros de equipe, e de Hélio Castroneves/Ricky Taylor (Acura Team Penske). Entre os GTLM, domínio do Ford GT de Ryan Briscoe/Richard Westbrook (Team Ganassi). Ben Keating e Jeroen Bleekemolen levaram o Mercedes AMG GT da Riley Motorsports à primeira posição entre os GTD.