Morris Nunn: 1938-2018

Nelson Piquet, Emerson Fittipaldi, Raul Boesel, Tony Kanaan, Felipe Giaffone, não foram poucos os brasileiros a ter o privilégio de trabalhar com o inglês Morris Nunn, que morreu nesta quarta-feira aos 79 anos em decorrência de complicações do Mal de Parkinson. De físico franzino e com obsessão pelos detalhes ele queria mesmo ser piloto de corrida mas a falta de dinheiro (que lhe valeria o apelido de ‘No Munn’) o levou a apostar na fabricação de monopostos, depois de ser piloto da Lotus na F-3 inglesa.

Com a experiência adquirida não na faculdade, mas nas pistas e oficinas, desenvolveu os primeiros Ensign no começo da década de 1970, dando trabalho às máquinas do ‘ex-patrão’ Colin Chapman, e o sucesso foi tamanho que, em 1973 chegaria à F-1. E, em 1978, deu a Piquet sua primeira chance no circo. Por outro lado, foi a bordo de um dos carros de Nunn que Clay Regazzoni sofreu, no GP dos EUA/Oeste de 1980, em Long Beach, o acidente que o deixou numa cadeira de rodas.

Numa F-1 cada vez mais profissional e sem espaço para o romantismo, a solução foi fechar as portas e apostar no automobilismo norte-americano. Como engenheiro da Patrick Racing, Nunn foi fundamental para levar Emerson à vitória nas 500 Milhas de Indianápolis e ao título em 1989. Em seguida, trabalharia na Dick Simon e na Ganassi, vivendo o período de ouro dos títulos de Jimmy Vasser e Alessandro Zanardi. Mais tarde, optou por criar a própria escuderia, localizada em um modesto galpão em Indianápolis. Alinhou na CART (foi a bordo de um de seus carros que o italiano sofreu o gravíssimo acidente em Lausitzring); na IRL, para enfim se dedicar à família e às outras paixões. Nas redes sociais, não faltaram mensagens de quem conviveu com o gênio, lamentando a perda.

Emerson FittipaldiEnsignGanassiMo Nunn RacingNo MunnPatrickTony KanaanVasserZanardi
Comentários (0)
Adicionar comentários