Mesmo depois de perder a validade pelos mundiais de rally cross-country da FIA e FIM, o Rally dos Sertões manteve, na prática, o caráter internacional de seu nome, atraindo duplas de várias partes do mundo para encarar percursos que nada ficam a dever a outros tradicionais desafios fora de estrada. E na edição desse ano, que começa sábado (18), em Goiânia, não será diferente. Um dos ‘forasteiros’ inscritos na prova é o sul-africano Gareth Woolridge, de 24 anos, que pilotará uma Ranger V8 T1 FIA montada no Brasil, mas desenvolvida pela estrutura de seu pai, a Neil Woolridge Motosports, referência inclusive no Dakar.
O piloto é um dos destaques do Campeonato Sul-Africano de Cross Country, onde compete com carro de especificação similar ao que usará no Brasil. “Estou empolgado e um pouco nervoso, para ser honesto. Vai ser muito bom viver esta nova experiência, e tenho de me preocupar em não cometer erros. Estou confiante que meu navegador irá me ajudar a desvendar os mistérios iniciais do Sertões”, afirma o piloto, que será navegado pelo paulista Marcelo Haseyama, que já formou dupla com Lance, irmão mais velho de Gareth, em 2016. O sul-africano se valerá da experiência dos últimos três anos como mecânico do X Rally Team, dando suporte a Cristian Baumgart/Beco Andreotti, atuais bicampeões, o que permitiu ter uma ideia do que o espera.
“Podemos andar juntos na frente. Teremos um excelente suporte de todos da NWM e do X Rally Team; são profissionais do melhor nível e toda vez que chego ao Brasil eu me sinto em casa com todos. Desta vez será um pouco diferente, pois estarei competindo como piloto. Então não vejo a hora de começar”, destacou.