O automobilismo se despede de Don Panoz

Dono dos autódromos de Sebring e Road Atlanta. Criador da American Le Mans Series que, durante o período de divisão com a Grand-Am nos Estados Unidos, manteve em ação no país os protótipos LMP1 e 2. Responsável pela criação de modelos que entraram para a história como o Esperante GT, o “Batmóvel”, que mais tarde ganharia uma versão P1, ou do Deltawing, que surgiu como proposta para um monoposto de F-Indy e se transformou em atração das provas de endurance com suas formas inovadoras e pneus dianteiros estreitos.

Apenas alguns exemplos da paixão de Don Panoz pela velocidade. Aliás, de Donaldo Pannucci, italiano que, como Mario Andretti, emigrou do país natal para os Estados Unidos fugindo dos horrores da guerra, e fez fortuna na indústria farmacêutica. Mas se realizava mesmo com o ronco dos motores, a ponto de criar uma marca de esportivos em série limitada que ganhou seu sobrenome e hoje sobrevive com o Avezzano, destaque no Pirelli World Challenge. Aos 83 anos, ele não resistiu às complicações de um tumor no pâncreas.

Nas redes sociais, não faltaram testemunhos emocionados da importância de Panoz para o automobilismo: David Brabham, Bryan Herta, Johnny O’Connell, Pipo Derani, Parker Kligerman, Klaus Graf, Tom Kendall e Patrick Long foram apenas alguns dos pilotos que, mesmo quando não foram parte do time sediado em Atlanta, fizeram questão de destacar a colaboração do ítalo-americano para o automobilismo. Faltou apenas concretizar o último sonho, que era de alinhar um protótipo experimental totalmente elétrico como parte do projeto Garage 56 em Le Mans. O projeto Green GT-EV acabou abortado no começo do ano, com a aliança entre a Panoz e a Green4U optando por desenvolver tecnologias de rua.

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