Foram sete anos distante de Satory, sede do departamento de competição da Peugeot/Citroën – a segunda foi a responsável por seu crescimento, a primeira chance no Mundial de Rally e as primeiras vitórias. No começo da década, a convivência interna com o xará Sebastien Loeb se tornou pesada demais para quem chegou como aprendiz que mostrou que poderia ser campeão.
Depois de um ano se preparando para a estreia da Volkswagen, a impressionante sequência de quatro títulos a bordo do Polo WRC e do conquistado ano passado com o Fiesta WRC do time de Malcolm Wilson, Sebastien Ogier e o navegador Julien Ingrassia estão de volta à Citröen e dividirão o habitáculo do C3 WRC. Uma dobradinha que chegou a se desenhar em 2017, quando a falta de um acordo financeiro impediu a retomada da parceria.
Desta vez, pesou o aspecto técnico. Além de conhecer bem a estrutura do time francês comandado por Pierre Budar, Ogier sente na pele como a falta de suporte financeiro da Ford limitou o desenvolvimento dos Fiesta WRC oficiais e vê distante a chance do hexa com o carro preparado na Inglaterra – ocupa agora o terceiro lugar na classificação atrás de Thierry Neuville (Hyundai) e Ott Tanak (Toyota). O ‘namoro’ foi bastante rápido e em apenas um teste no comando da máquina francesa o pentacampeão teve a certeza de que a base para desenvolvê-la e torná-la candidata a desbancar as rivais é boa o suficiente.
“Nunca esqueci que foi a marca que me deu a chance de chegar ao campeonato do mundo. E vários aspectos me ajudaram a decidir. Primeiro, a chance de trabalhar de novo com pessoas que eu conheço bem; além disso me atrai a possibilidade de me tornar campeão com três carros diferentes e a certeza de que o C3 WRC tem um potencial imenso. Confio muito na capacidade de todos em Satory”, destacou o piloto de Gap que, com a Citroën, venceu 7 provas e conquistou 14 pódios correndo ao lado de “Sua Majestade” Loeb.