Passado o Mundial de Kart e na reta final da temporada, é hora, para quem vai subir de categoria em tempo integral em 2019, de começar a se acostumar à realidade do novo equipamento. E dois brasileiros aproveitaram a primeira etapa do WSK Final Cup, no circuito italiano de Lonato, em Brescia, para iniciar a adaptação. Gabriel Bortoleto e Matheus Morgatto aceleraram pela primeira vez na OK, a principal categoria do kartismo internacional, e mostraram que prometem dar trabalho nas competições internacionais ano que vem.
O WSK e suas séries são uma espécie de ‘Mundialito’ do kart, reunindo os times oficiais das fábricas e pilotos de todo o planeta – uma passagem praticamente obrigatória para quem desbrava o cenário europeu. Piloto oficial da CRG, Bortoleto, que já havia se destacado no Europeu da categoria OK Júnior, surpreendeu ao conseguir um quinto lugar na final, muito além de sua expectativa.
“Apesar do chassis ser igual ao da Júnior, na OK a gente precisa aprender bastante. O pneu Bridgestone é mais duro que o Vega que se usa na Júnior. Assim temos de economizar pneus no começo das corridas. As provas são mais longas, então o cansaço começa a pesar também e temos de trabalhar mais com a cabeça e as estratégias.e alguém me perguntasse na semana passada em que posição eu iria chegar nesta prova, com certeza, eu diria que se ficasse entre os 15 primeiros estava ótimo. Tenho certeza que já estou num excelente nível e posso disputar de igual para igual. Tenho alguns pontos para melhorar na minha pilotagem, mas, estou muito feliz em saber que fizemos uma aposta certa ao subir de categoria”, comentou o piloto de 14 anos.
Situação semelhante à de Morgatto, convidado pela Parolin para correr ‘entre os grandes’. Depois de uma trajetória trabalhosa nas baterias classificatórias e na pré-final, ele conseguiu receber a bandeirada em 12º. “Acho que a maior dificuldade nesta transição é a adaptação aos pneus. Muda a forma de pilotar. Este composto novo tem um desgaste diferente e, com isso, temos de fazer corridas mais técnicas, para ter pneus bons nas últimas voltas. Fiz o meu melhor e acredito que tinha chances de ir mais além se tivesse largado por dentro na final”.