A temporada 2020 vai marcar o fim de uma era para a quartentona Stock Car e o início de uma nova fase para a principal categoria do automobilismo brasileiro. O carro atual, desenvolvido e fabricado pela JL (da família Giaffone) em torno de um chassi tubular, com motorização V8 e carenagem em fibra que reproduz, na medida do possível, as formas do Chevrolet Cruze, ganhará um sucessor, com novo conceito técnico.
Responsável técnico do projeto, o engenheiro Gustavo Lehto confirmou, em palestra no evento SAE Brasil Carbody, em São Paulo, que o novo Stock está sendo desenvolvido com base no monobloco dos modelos de rua, numa tentativa de atrair outras montadoras para a categoria.
Algo parecido com o que foi feito pela Super TC2000 argentina, que tem na pista, além do Cruze, Toyota Corolla, Honda Civic, Citroën C4 Lounge, Renault Fluence e Fiat Tipo (não comercializado no Brasil).
Se algumas soluções técnicas (rodas, freios e câmbio) devem ser mantidos do modelo atual, a principal dúvida diz respeito à motorização. O desejo da Vicar é o desenvolvimento de propulsores diferentes para as várias marcas envolvidas, o que parece complicado a curto prazo. Neste caso, haveria dois caminhos: permanecer ao menos por algum tempo com os V8 atuais, até mesmo para reduzir o investimento necessário; ou adotar um motor ‘global’ de nova geração – a Super TC fez exatamente isso na temporada, adotando um quatro cilindros em linha turbo 2.0 desenvolvido pela francesa Oreca.