Fora do Team Audi Schaeffler após participar das seis temporadas da Fórmula E. O próprio Daniel Abt confirmou, em vídeo, sem esconder as lágrimas, o desfecho da história da quinta etapa do Race at Home Challenge – foi o terceiro na etapa de Berlim, mas seu carro era comandado por um sim racer profissional. Falando pela primeira vez sobre o episódio em detalhes, ele buscou justificar a ideia e negou que pretendesse ter alguma vantagem na disputa.
“Com as corridas paradas, o Race at Home Challenge foi uma forma de entreter o público e manter o interesse na categoria nesses tempos difíceis. Para mim, desde o início a ideia foi interagir e divertir. Desde o início não me preocupei com os resultados, mesmo porque é algo totalmente diferente da disputa real. Queria sim mostrar um outro lado. Vinha conversando com os sim racers e juntos, tivemos a ideia de me substituir por um especialista, até para mostrar as diferenças em relação aos dois mundos”, disse o piloto.
Abt prosseguiu contando que em nenhum momento procurou esconder a substituição, e que tinha planos para a experiência. “Poderíamos ter usado uma VPN para parecer que era eu, mas não foi o caso. Mesmo no streaming pelo Twitch isso ficou claro. Não estava participando pelo resultado. Tudo seria documentado em vídeo e mostrado mais adiante. Fui muito longe com a ideia. Sei que errei, que subestimei as consequências, mas em momento algum quis trapacear para vencer. Peço desculpas à família, aos amigos, à Audi, patrocinadores, ao Unicef e à Fórmula E”.
Fundo do poço
O piloto mostrou ainda a doação feita à ONG alemã Allgauer Werkstatten, para portadores de deficiência – 10 mil euros, como determinado pela organização da F-E. “É uma dor que nunca senti na vida, mas uma situação que aceito. Estou no fundo do poço, mas vou sair dele. Acredito que sempre haverá um caminho. Espero que meus seguidores sigam me apoiando no futuro. Vivemos momentos de muito orgulho, como a vitória na rodada dupla de Berlim, a primeira da Audi e a única de um time em sua casa”.
Entre as possibilidades para ocupar o cockpit liberado com a saída de Abt, a Audi pode tirar um de seus protegidos de outros times da F-E. Robin Frinjs (que pilota para o Team Abt no DTM) está na Envision Virgin (com motorização alemã), enquanto Nico Müller defende a Geox Dragon. Outra hipótese é efetivar o sul-africano Kelvin van der Linde, reserva da equipe no campeonato de monopostos a eletricidade.
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