A pandemia de Covid-19 impactou o esporte motor como um todo, mas o Mundial de Rally (WRC) em especial. A competição teve suas três primeiras etapas disputadas – Monte-Carlo, Suécia e México -, mas, durante a pausa, tem visto várias provas previstas canceladas. A lista, que já contava com Portugal, Safari, Finlândia e Nova Zelândia, cresceu nessa terça-feira (9) com o anúncio de que o Wales Rally GB (Rally da Grã-Bretanha) não será disputado. Ele ocorreria de 29 de outubro a 1º de novembro.
Uma decisão difícil, mas necessária, segundo David Richards, presidente da MotorsportUK, a federação britânica, organizadora do evento. Navegador campeão mundial ao lado de Ari Vatanen e, mais tarde, como líder do time Subaru, ele justificou a medida.
“Nos últimos anos a prova tem reunido públicos cada vez maiores e, com a vitória de Elfyn Evans, galês (em 2017), a popularidade disparou. Diante do cenário da pandemia e da incerteza sobre o futuro próximo, no entanto, não seria prudente levar dezenas de milhares de pessoas para as regiões do interior do País de Gales. Cada vez mais ficou claro que seria impossível organizar o evento com o mínimo de previsibilidade”, comentou o também CEO da Prodrive. Boa parte do orçamento da etapa vem da venda de ingressos para acesso privilegiado às especiais.
Em 88 anos de disputa do que é hoje o Rally GB, esta será a quarta interrupção. A prova não foi disputada durante a II Guerra; em 1957, com a crise do petróleo do Canal de Suez e, em 1967, também por questões de saúde. Na ocasião, uma epidemia de febre aftosa inviabilizou a competição.
Opções
Com o Rally da Argentina ainda não cancelado, mas bastante improvável, restam quatro paradas do calendário original como opções: Itália/Sardenha (adiado da data inicial e ainda não remarcado); Turquia (27 de setembro); Alemanha (18 de outubro) e Japão (22 de novembro). A volta do WRC à Ásia, no cenário atual, dependeria de algum tipo de suporte do WRC Promoter (Red Bull) aos times.
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