Uma corrida maluca pelo segundo ano consecutivo. E uma improvável dobradinha da McLaren no GP da Itália, 14ª etapa do Mundial de F-1 (primeira desde o Canadá’2010). Com Daniel Ricciardo no alto do pódio em Monza, à frente de Lando Norris. E com Max Verstappen (Red Bull) e Lewis Hamilton (Mercedes) na caixa de brita da primeira variante.
O australiano, é verdade, já liderava quando os dois candidatos ao título se encontraram. Largou melhor do que holandês para fazer a tomada na frente. E resistiu aos ataques do líder da temporada ao longo das 23 primeiras voltas, quando fez seu único pit. Verstappen viu qualquer chance de lutar pela vitória comprometida em sua parada, na V.24 – o problema numa das pistolas pneumáticas o fez perder 11s1.
Hamilton mantinha a quarta posição do grid até que, com os pitstops dos dois primeiros, atacou Norris e assumiu provisoriamente a liderança. Com pneus duros, o heptacampeão ficou na pista por mais tempo e fez sua parada ao completar a 26ª volta. Ao retornar, dividiu a freada com Verstappen – os dois já haviam se estranhado na primeira volta, na Variante Roggia. O piloto da Red Bull calçou o carro nas ‘salsichas’ que delimitam o traçado e acabou decolando sobre a Mercedes. O Halo impediu que o pneu traseiro atingisse o inglês. Passada a metade do GP, os dois estavam fora.
Punição
Após a corrida, os comissários analisaram o incidente e consideraram Verstappen culpado. Ele teria tentado a ultrapassagem tardiamente e provocado uma ‘colisão evitável’. Com isso, o holandês perderá três posições no grid do GP da Rússia, em Sochi.
Na relargada (volta 30), Ricciardo era seguido por Norris, enquanto Sergio Perez (Red Bull) saltava para o terceiro lugar ao superar a Ferrari de Charles Leclerc. Logo atrás vinha Valtteri Bottas, obrigado a largar em último como punição pela troca de componentes (venceu a Sprint Race do sábado). Como o mexicano se aproveitou de uma escapada de pista para ter vantagem sobre o monegasco e não devolveu a posição, levou um time penalty de 5 segundos. O que o jogou para quinto e deu ao finlandês da Mercedes o lugar no pódio.
Ricciardo ainda marcou a melhor volta na última passagem e levou também o ponto extra. A dobradinha permitiu à equipe de Woking retomar a terceira posição nos Construtores. No pódio, o australiano (oitava vitória) repetiu o ‘shoey’, o gesto de comemorar tomando a champanhe na sapatilha.
Carlos Sainz (Ferrari), Lance Stroll (Aston Martin), Fernando Alonso (Alpine), George Russell (Williams) e Esteban Ocon (Alpine) completaram a zona de pontuação.
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