CBA detalha ação em acidente da Stock nos boxes de Santa Cruz do Sul

Depois de uma primeira manifestação do presidente do Conselho Técnico Desportivo Nacional (CTDN), Fábio Greco, ainda no domingo, a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) divulgou um comunicado em que detalha as ações adotadas na corrida 2 da etapa de Santa Cruz do Sul da Stock Car. Na ocasião, um choque na pista de rolagem dos boxes entre os carros de Denis Navarro (Cruze/Cavaleiro Sports) e Pedro Cardoso (Cruze/Crown II) atingiu os mecânicos Daniel Asensio, Lucas Loures e Eslaeu Correia, da RCM. Os dois primeiros sofreram fraturas.

Os esclarecimentos são mais uma vez prestados por Greco, em tópicos, como o Racemotor reproduz abaixo:

Procedimentos

“Imediatamente após o acidente, a primeira providência foi entrar em contato com os médicos para que o atendimento fosse imediato. Em seguida, a necessidade era esvaziar os boxes, pois estava cheio de carros que estavam fazendo o pit stop. Para que isso pudesse acontecer, a saída de boxes precisava estar aberta. Do contrário, os carros iriam chegar na saída e ficariam empilhados no meio do acidente. A providência posterior foi fechar os boxes e soltar o Pace Car, pois a obstrução não era na pista, que estava livre”.

Pace Car

“É importante destacar que, como os procedimentos já estavam em curso e funcionando perfeitamente – médicos trabalhando, ambulância no local, boxes vazios e fechados -, a decisão foi determinar a entrada do Pace Car e monitorar a evolução da situação dos acidentados. Ao constatarmos que o resgate já havia sido feito, que a avaliação no ambulatório era de que, em princípio, não havia fratura e que dois deles seriam levados para avaliação no hospital, mesmo assim só quando a ambulância saiu do autódromo houve a relargada. Só reiniciamos quando todos os procedimentos tinham sido cumpridos. Se houvesse impedimento de qualquer ordem, aí sim, daríamos vermelha”.

Demora

“Na verdade, não houve demora. O que aconteceu foi que havia uma sequência de coisas que precisa ser feita e tudo isso tem um delay. Entre tomar a decisão, comunicar o setor responsável e a ordem ser efetivamente cumprida, o tempo está correndo. No caso, acionar os médicos, esvaziar os boxes, o fechamento total e entrada do Safety Car pelo fato de a pista estar livre, tudo isso precisou ser decidido numa fração de segundos, mas de maneira racional e com a cabeça mais fria possível”.

Bandeira vermelha

“A decisão de não dar a bandeira vermelha foi tomada porque o acidente foi no final dos boxes e os carros iriam chegar na saída e ficariam empilhados no meio do acidente. As consequências poderiam ser muito piores porque os boxes ficariam lotados e com muita gente das equipes se movimentando, porque teríamos carros parados no pit e também na pista, ou seja, não há um único motivo, são decisões que precisam ser tomadas numa sequência, de forma rápida e responsável. Foi o que fizemos”.  

Futuro

“Tudo é feito para que os acidentes não aconteçam, mas quando ocorrem não podem ser ignorados, pois ensinam bastante. É, em síntese, como na aviação. Nesse caso específico, CBA, Vicar e a associação de equipes já estão conversando para analisar o ocorrido e aprimorar mecanismos para que não aconteça no futuro”.

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