Uma quarta-feira de qualificação e corrida no Circuito Ricardo Tormo, em Valencia (Espanha), que recebe as 11 equipes do Mundial ABB FIA da Fórmula E. Tradição da categoria que, na abertura da pré-temporada, faz questão de simular os principais momentos de um E-Prix. E que esse ano se tornou ainda mais importante com a adoção dos carros Gen3 e dos novos pneus Hankook. Ao fim de 24 voltas, com uma entrada programada do safety car na metade, dois estreantes receberam a bandeirada na frente: o britânico Jake Hughes e o Spark da McLaren.
O time britânico incorporou a estrutura da Mercedes EQ, que deixou o campeonato após o bicampeonato, e conta com as unidades de potência da Nissan. O experiente inglês vem de uma temporada incompleta na F-2 com a Van Amersfoort Racing.
O nome do dia, no entanto, foi mais uma vez o de Max Gunther, com o Tipo Folgore, da Maserati MSG (propulsor DS). Mais veloz da terça-feira, ele marcou a ‘pole simulada’ com 1min25s339 – os tempos não foram usados para definir o grid. O alemão ainda dominou a terceira e a quarta sessões livres, nos dois casos à frente do atual campeão Stoffel Vandoorne, com o monoposto da DS Penske.
Brasileiros
Lucas di Grassi (Mahindra) conseguiu sua melhor volta na parte da tarde, com 1min26s801 e foi o nono na corrida ‘de mentirinha’. Sérgio Sette Câmara (NIO333) enfrentou problemas na bateria (já haviam aparecido na véspera), que o tiraram da simulação de E-Prix. Na última sessão livre do dia, conseguiu um animador 1min26s593 (13ª marca).
O novo recorde da Fórmula E para o circuito valenciano é seis décimos de segundo melhor que a referência anterior, com os Gen2. Esperava-se diferenças bem maiores, mas os pneus Hankook têm composto mais duro que os Michelin, o que interfere especialmente nas baixas temperaturas do outono europeu.
A quinta-feira é reservada a atividades fora da pista – entrevistas e gravação de material para as transmissões ao longo de 2023. Os carros voltam a acelerar na sexta.
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