Max Verstappen (Red Bull) até teve trabalho no GP da Grã-Bretanha, décima prova do Mundial de F-1. Mas apenas nas cinco primeiras voltas, quando teve de seguir a McLaren de Lando Norris, que tomou a ponta na largada. Uma vez livre do piloto da casa, o holandês seguiu tranquilo para sua oitava vitória no ano e a caminho de recordes e façanhas rumo ao tricampeonato.
Com Verstappen seguro à frente, as boas disputas nas 52 voltas do GP britânico se concentraram nas posições seguintes. A condição da pista de Silverstone criou uma situação curiosa. Se normalmente os compostos duro e macio são a escolha para as corridas, vários times descobriram que poderiam usar os macios (C3).
O problema mecânico de Kevin Magnussen na reta Hangar (33ª volta) exigiu a entrada do safety car e ajudou na estratégia de quem ainda não havia parado. Verstappen e Lewis Hamilton (Mercedes) optaram pelos pneus macios, enquanto a McLaren mandou Norris de volta à pista com os duros. A Ferrari, que chamou Charles Leclerc na 19ª volta, descobriu que o C1 era duro demais para avançar no pelotão e fez o monegasco parar de novo.
A neutralização ajudou Hamilton a superar nos boxes Oscar Piastri (McLaren), até então terceiro. A equipe laranja, aliás, comprovou o avanço provocado pelo novo pacote aerodinâmico no MCL60. Hamilton, mesmo com borracha mais macia, não conseguiu superar Norris, que garantiu a P2, à frente do heptacampeão. O australiano recebeu a bandeirada em quarto, seguido por um George Russell (Mercedes) incapaz de atacá-lo. “Eles são velozes demais nas retas”, disse o piloto do time de Brackley.
Albon
Sergio Perez (Red Bull) se recuperou de mais uma péssima qualificação (16°) com a sexta posição final, seguido por um discreto Fernando Alonso (Aston Martin). Já Alex Albon mostrou que o bom desempenho da sexta-feira não era enganoso para ser o oitavo, superando a dupla da Ferrari (Leclerc e Carlos Sainz).
Verstappen abriu gigantescos 99 pontos de vantagem sobre Perez enquanto, nos Construtores, a Red Bull já soma mais do dobro dos pontos da Mercedes (411 a 203). Numa F-1 que deveria ser mais equilibrada com as novas regras adotadas ano passado, o holandês e o time do touro vermelho dominam de forma impressionante.
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