O próximo fim de semana marca a 102ª edição de uma das mais tradicionais provas do automobilismo mundial: a Subida de Montanha Internacional de Pikes Peak (PPIHC). Um desafio de quase 160 curvas que leva os competidores a mais de 4.300m de altitude no estado norte-americano do Colorado. Depois dos últimos anos com uma presença tímida de projetos capazes de mirar o recorde de 7min57s148, a prova volta a contar com máquinas em condições de, pelo menos, se aproximar da marca.
Uma delas é o protótipo elétrico F-150 Lightning SuperTruck, da Ford. Que será comandado no próximo domingo por Romain Dumas. Justamente o piloto responsável por superar o tempo estabelecido pelo compatriota Sebastien Loeb e se tornar o mais rápido na história da disputa morro acima, com o VW I.D R, em, 2018.
A engenharia da Ford Performance abusou dos conceitos aerodinâmicos que costumam garantir eficiência em Pikes Peak. Caso da enorme asa traseira biplano, ou do aerofólio dianteiro digno dos carros de fórmula. O generoso difusor traseiro também garante downforce de sobra.
Vantagem
O trem de força é composto por três motores desenvolvidos pela Stard, do ex-piloto do WRC Manfred Stohl. Com baterias de células de polímero de lítio NMC (níquel, manganês e cobalto), o conjunto joga nas quatro rodas o equivalente a 1.400cv. A propulsão elétrica leva vantagem sobre a motorização a combustão por não depender da admissão de ar, que se torna mais rarefeito quanto mais se sobe. Assim, não há perda de potência ao longo do percurso.
O discurso da Ford é de que Dumas tem como missão bater o próprio tempo marcado ano passado com a SuperVan 4.0, um primeiro projeto elétrico da Ford. Os 8min42s6, no entanto, parecem um objetivo modesto para a F-150 Lightning, candidata à vitória geral deste ano.
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