Argentina ganha dois novos autódromos
O leitor saberia dizer quantos autódromos existem na vizinha Argentina? Considerando apenas os traçados permanentes, são 34, e olha que ainda são várias as provas nos ‘callejeros’, os circuitos de rua como os de Santa Fé; o desenhado na região de Palermo, em Buenos Aires, para o Super TC2000, e o do Puerto Madero que recebeu a Fórmula E. Muitos traçados, especialmente no interior, acabam resumindo sua atividade às provas regionais, ou se encontram em condições precárias, sem a devida atenção das municipalidades (as prefeituras), que fazem o que podem, especialmente em momentos de crise econômica.
Pois no espaço de uma semana, duas novas pistas reforçam a conta, e trazem ainda mais opções para as inúmeras categorias e a paixão dos ‘hermanos’. Neste sábado e domingo, a Super TC2000 corta a fita inaugural do Autódromo de San Nicolás (em San Nicolás de los Arroyos, província de Buenos Aires, às margens da autopista que liga a capital a Rosário). São 4.000m de extensão e, se o desenho da pista é bastante convencional, existe uma razão (assim como as pequenas ruas no interior da pista). Trata-se de um espaço pensado para receber também feiras, especialmente agropecuárias. Uma torre de controle modesta e boxes provisórios (tendas) completam o complexo, mais que suficiente para as disputas nacionais.
Nos dias 13 e 14, nada menos que o Mundial de Superbikes (WSBK) será o responsável por rasgar pela primeira vez o traçado do Villicum, construído a toque de caixa em San Juan (a 1000 quilômetros de Buenos Aires, pouco ao norte de Mendoza), com 4.260m de extensão (e largura média de 18 metros) e 19 curvas, em meio a uma região árida. Foram gastos cerca de US$ 170 milhões, a maioria deles investida pelo governo provincial.