Nicolas Costa vive redenção no FIA WEC com a McLaren da United Autosports
O fim de semana das 6h de São Paulo, quinta etapa do Mundial de Endurance (FIA WEC), em Interlagos, é duplamente especial para Nicolas Costa. O carioca de 32 anos tem a oportunidade de correr em casa como um dos dois representantes brasileiros no grid (o outro é Augusto Farfus, no BMW M4 GT3 #31 da WRT) e, mais do que isso, em um campeonato que parecia um sonho distante para quem, mais de uma vez, jogou a toalha.
O Racemotor contou em 2019 a história de Nicolas. Campeão da F-Futuro, promovida por Felipe Massa, em 2012, venceu em seguida o Europeu e o Italiano da F-Abarth (embrião da F4), esteve na Pro Mazda norte-americana e, de volta à Itália, conquistou o título nacional de GT (na classe Cup) e se tornou parte do programa de desenvolvimento da Lamborghini. O problema crônico da falta de orçamento, no entanto, sempre limitou suas possibilidades. No Japão, se destacou na série Super Taikyu de resistência. Quando o cenário parecia mais favorável, a pandemia atrapalhou os planos.
“Eu estava para assinar um contrato muito bom com a Nissan, mas o cenário da Covid me impediu de assinar. Precisava correr atrás do meu sustento e deixei as competições de lado. Felizmente recebi muita força da PRIO (sua patrocinadora), não só financeiramente, mas também de motivação para voltar. Tive a chance na Porsche Cup, ganhei o campeonato. Ali eu vi que a chama estava acesa. E quando tem de ser, é. Essa oportunidade é uma redenção de tudo o que passei na carreira e mostra que valeu não ter desistido. Hoje eu estou aqui em meio aos melhores pilotos do mundo”, disse.
Nicolas mostrou o talento mais que conhecido na primeira sessão de treinos livres para o FIA WEC. A bordo da McLaren 720S GT3 #59 da United Autosports, foi o mais rápido entre os 18 LMGT3, com 1min35s881. O treino foi encerrado antecipadamente com bandeira vermelha após um acidente forte do francês Arnaud Robin (Lexus RC-F GT3 #78 / Akkodis-ASP) no fim da Reta Oposta. Ele passou por uma avaliação médica e foi liberado. Com isso, a segunda sessão, a partir das 14h30, ganhou 45 minutos extras.
Campeão em Interlagos
Interlagos recebeu nesta sexta-feira a visita de Raul Boesel. O paranaense fez história ao se tornar, em 1987, campeão mundial de Esporte-Protótipos, pela Jaguar, que contava à época com Ross Brawn como projetista. Foi a única conquista verde e amarela na categoria principal. Mais tarde, André Negrão repetiu o feito na LMP2 do WEC, ao vencer a Superseason 2018/2019.
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