Se na véspera o italiano Antonio Giovinazzi confirmou (se ainda era necessário) que está mais do que pronto para assumir um posto de titular no Mundial de Fórmula 1 – estabeleceu um novo recorde para o traçado do Hungaroring com a Ferrari, a marca durou menos de 24 horas. Foi batida em 73 milésimos de segundo por outro novato de potencial, no encerramento dos treinos extra-oficiais da categoria. Atual líder da Fórmula 2, o inglês George Russell levou a Mercedes W09 a completar os 4.381m em 1min15s575, também com os pneus hypersofts (rosa).
Mais do que isso, Russell completou o equivalente a um GP e meio, concluindo um trabalho considerado fundamental para o time de Brackley, preocupado com o desenvolvimento do carro para o restante do campeonato, diante da briga com a Ferrari. A equipe prateada preferiu delegar todo o tempo de pista ao reserva, dando folga a Lewis Hamilton e Valtteri Bottas. Já a escuderia de Maranello, depois de contar com Giovinazzi, preferiu no segundo dia apostar na experiência de Kimi Räikkönen, que ficou a apenas 74 milésimos de segundo da melhor marca dos testes.
O “grandalhão” Jake Dennis, atualmente na GP3 (na véspera chegou a postar nas redes sociais uma foto brincando com a dificuldade para se sentir confortável a bordo do F-1) completou as mesmas 131 voltas de Räikkönen. Giovinazzi não teve descanso e, como reserva da Sauber, somou outras 120 voltas à sua programação.
Com uma Williams que mais parecia um arco-íris por conta das camadas de Flowviz, a tinta usada para analisar os fluxos aerodinâmicos, Robert Kubica se concentrou em avaliações para o carro de 2018 e, com os ultrasofts (roxos), registrou 1min18s451. Encarregada pela Pirelli de avaliar os protótipos dos compostos de pneus para 2019 e com a missão de ajudar a Honda (e a Red Bull) no desenvolvimento da unidade de potência japonesa, a Toro Rosso mandou à pista os dois titulares e o indonésio Sean Gelael que, juntos, completaram impressionantes 264 voltas