Autoridades garantem volta da F-1 ao Rio já em 2020, mas prazo sugerido traz dúvidas

A novela envolvendo a construção de um novo autódromo internacional no Rio de Janeiro para substituir o finado e saudoso Jacarepaguá ganhou novo capítulo. Em dois eventos diferentes, o presidente Jair Bolsonaro (PSL); o prefeito Marcello Crivella (PR) e o governador Wilson Witzel (PSC) confirmaram a assinatura de um termo de cooperação para viabilizar a construção de um complexo em terreno do Exército em Deodoro. Bolsonaro garante que o traçado, que receberia o nome de Autódromo Internacional Ayrton Senna, seria o palco do GP do Brasil de F-1 já em 2020.

O que daria prazo de 18 meses para transformar uma área praticamente intocada numa estrutura capaz de atender às exigências da FIA e da Liberty Media em termos de segurança, acessos e comodidades. Algo não visto mesmo nos complexos mais recentes do esporte motor, muitos deles erguidos com a ajuda dos petrodólares de países como os Emirados Árabes ou o Barein.

Bolsonaro destacou que o projeto não conta com o aporte de verbas públicas, enquanto Crivella afirmou que o edital será lançado nos próximos dias, com 45 dias para apresentação das propostas pelos grupos interessados. Algo curioso, já que o documento foi publicado originalmente em 2017 e, desde então, passou por uma série de questionamentos e mudanças, sem que fosse possível a assinatura da parceria público-privada para o projeto do “Autódromo Parque”. O custo total das obras é estimado em R$ 850 milhões e o desenho do traçado, com 5.300m de extensão, foi elaborado pela equipe do arquiteto Hermann Tilke.

Apesar do manifestado interesse da Liberty Media em trocar novamente São Paulo pelo Rio (como ocorreu no fim da década de 1970), o grupo trabalha com 2021 como prazo, desde que seja assinado novo contrato para o GP. O atual se encerra com a prova do ano que vem. E não deixa de ser curioso que Interlagos tenha tido boa parte dos boxes demolidos recentemente para “aumento do pé direito” e readequação às exigências do circo, que já levaram à construção de novos escritórios para os times.

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