Dakar começa fazendo estrago na caravana. Alonso tem bom início

Nada de descanso no primeiro estágio do Rally Dakar 2020, entre Jeddah e Al Wajh. Assim havia sido a promessa da organização da prova para o encontro dos competidores com o território saudita. Pois os 320 quilômetros cronometrados (além dos 430 de deslocamento) foram suficientes para acabar com a aventura para nomes fortes, ou complicar bastante a luta pelas primeiras posições para alguns deles. Fernando Alonso conseguiu manter um ritmo conservador para terminar o dia em 11º nos carros, com a Toyota Hilux T1 da Gazoo Racing.

Sobre quatro rodas, o vencedor das 24h de Le Mans Romain Dumas percorreu apenas 65 quilômetros da especial até que um incêndio danificasse seu buggy Rebellion. O polonês Jakub Przygonski (Mini JCW) perdeu mais de cinco horas reparando um problema mecânico. O mais rápido do domingo foi o lituano Vaidotas Zala, com um Mini JCW semi-oficial. Stephane Peterhansel (Mini JCW Buggy); Carlos Sainz (Mini JCW Buggy); Nasser Al-Attiyah (Toyota Hilux), mesmo com três furos de pneus, e Bernhard Ten Brinke (Toyota Hilux) aparecem em seguida. Alonso está a 15min27 do líder.

Nas motos, o atual campeão Toby Price (KTM 450 RR/Red Bull KTM) começou com tudo e lidera, 2min05 à frente do norte-americano Ricky Brabec (Honda CRF450 Rally/HRC). Matthias Walkner (KTM 450 RR/Red Bull KTM) e o argentino Kevin Benavides (Honda CRF450 Rally/HRC) vêm em terceiro e quarto. O paranaense Antônio Lincoln Berrocal (KTM 450), mais velho nas duas rodas (61 anos) superou bem o primeiro dia de desafio, com a 91ª posição entre os 144 pilotos que largaram.

Sem volante

Quem teve dificuldades no primeiro dia do Dakar 2020 foi Reinaldo Varela. Ao lado de Gustavo Gugelmin, o campeão mundial T3 FIA e vencedor da prova em 2018 perdeu mais de duas horas na segunda metade da especial depois da quebra do volante. Na base da raça e com uma improvisação que incluiu chaves de boca e de fenda, conseguiram terminar e aparecem em 37º com o Can-Am X3 Maverick oficial.

“Nosso foco desde o início foi consertar o problema e ir até o fim. Trabalhamos muito bem juntos e trocamos a coluna e volante colocados pela equipe. Fizemos uma improvisação com as ferramentas que tínhamos disponíveis. Da minha parte, foi bastante incômodo pilotar com uma ferramenta improvisada como volante. Causou muita dor nas mãos por causa da tensão, do esforço para segurar o ‘volante’ e da trepidação. Nas curvas, devo confessar que dava certo medo. Mas a incerteza faz parte dos rallies, é da natureza desse esporte”, resumiu Varela.

A liderança entre os UTVs é do polonês Aron Domzala, também com um Can-Am. Nos caminhões, domínio inicial do Kamaz do russo Anton Shibalov.

Nesta segunda-feira, a caravana do Dakar segue nas proximidades do Mar Vermelho, com 401 quilômetros (367 deles cronometrados) entre Al Wajh e Neom. Um dia sem dunas, mas com muita areia, pedras e dificuldades de navegação – caminhos paralelos que levam a direções distintas e exigem atenção total.

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