Paulo Gonçalves e a Honda vencem Desafio Inca. Nos UTVs, Baumgart é terceiro
O principal objetivo para pilotos e equipes era treinar em condições reais para o desafio do Rally Dakar, que percorrerá essa mesma região em sua edição 2019, com muitas dunas, areia e navegação no cardápio de pilotos e navegadores. Mas, com troféus e prestígio em jogo, especialmente entre as motos, com a briga envolvendo os times oficiais de KTM, Husqvarna, Honda e Yamaha, não faltou empenho para vencer o Desafio Inca. A prova, parte do Dakar Series, chegou ao fim neste domingo com mais uma etapa especial em torno de Ica, no sul do Peru.
Nas duas rodas, se Toby Price havia sido o mais rápido da sexta-feira com sua KTM; o argentino Kevin Benavides comandou o pelotão com a Honda no sábado e o norte-americano Andrew Short largava com 11 segundos de vantagem na classificação geral, quem fez a festa foi o português Paulo Gonçalves (Honda HRC), que há duas semanas já havia vencido o Desafio Ruta 40, na Argentina. Matthias Walkner (KTM) terminou em segundo, à frente de Short, ex-piloto de motocross e supercross que vem sendo uma das sensações das provas de rally cross-country.
Entre os UTVs, Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin não conseguiram completar a terceira etapa, com problemas em seu Can-Am X3 Maverick. Ainda assim, fizeram um balanço positivo da participação, que ajudará na preparação do veículo para tentar o bicampeonato do Dakar. “Foi um excelente teste. Ultrapassamos bem as dunas que iremos encontrar no Dakar e o equipamento resistiu bem tanto às altas velocidades como ao calor extremo. As dificuldades que tivemos foram as normais de qualquer teste de desenvolvimento”, resumiu Varela.
E se a vitória ficou com os norte-americanos Casey Currie/Laurent Lichtleuchter, o destaque foi o positivo terceiro lugar de Cristian Baumgart/Beco Andreotti, que correram com o Can-Am preparado pela sul-africana South Racing – na verdade um teste para disputar o Dakar de carro (em que são os atuais bicampeões do Rally dos Sertões).