Dois anos depois de deixar o Mundial de Fórmula 1 e nove anos depois do inesquecível título com a Brawn, Jenson Button garantiu mais um troféu de campeão para a galeria. Em sua primeira temporada completa no Super GT japonês, o piloto de Frome e seu parceiro Naoki Yamamoto (vencedor da Super Formula) levaram o Honda NSX do time Raybrig Kunimitsu a se tornar o primeiro modelo com motor traseiro a dominar a categoria GT500 nas regras atuais, dando fim à hegemonia dos Lexus LC500 e dos Nissan GT-R. Melhor ainda, a conquista veio em Motegi, pista da Honda.
Button e Yamamoto largaram em terceiro e precisavam chegar à frente do LC500 de Ryo Hirakawa/Nick Cassidy (Team Tom’s) para garantir a taça. Se havia a perspectiva de jogo de equipe entre os times das respectivas montadoras para favorecer os candidatos ao título, o Honda NSX do Team Arta que partiu da pole com Tomoki Nojiri/Takuya Izawa se viu perseguido pelo Lexus do Team Zent (Hiroaki Ishiura/Yuji Tachikawa), o que impediu qualquer troca de posições. A dupla do Honda #100 conseguiu manter uma vantagem segura sobre os diretos rivais, cruzando a linha em terceiro, pouco menos de dois segundos à frente do Lexus #1. Num ano difícil para os Nissan, o paulista João Paulo de Oliveira recebeu a bandeirada em décimo com o GT-R do time Forum Advan, em dupla com Mitsunori Takaboshi.
“Naoki já havia sido campeão esse ano, mas para mim é o primeiro título desde 2009, o que me deixa muito feliz. Foi uma corrida intensa, já que tínhamos de manter nossa posição e não podíamos errar. Melhor ainda, é a primeira conquista do nosso chefe de equipe Kunimitsu Takahashi, que por tantos anos lutou por esse resultado”, destacou Button, que esse ano ainda disputa o Mundial de Endurance com o protótipo BR1 LMP1 da equipe SMP Racing.
Os carros da GT500 se baseiam no mesmo chassi usado pelas máquinas do DTM, com as formas e a aerodinâmica dos esportivos das fábricas japonesas, empurrados por motores 2.0 turbo com cerca de 500cv de potência.