Brasileiro de F-4 chega em 2022

O automobilismo verde e amarelo voltará a ter em 2022 uma categoria de fórmula internacional para proporcionar a formação de novos talentos. E como no caso da F-3 (Sul-Americana/Brasileira), com pontuação para a Superlicença FIA. A F-4 chega com a segunda geração de monopostos – os chassis italianos Tatuus T-421 agora equipados com o Halo e motorização ainda a ser definida. E com perspectiva de 16 carros na pista na primeira temporada.

Esse é o número de pilotos que integram a Associação de Pilotos Brasileiros de Fórmula (APBF), criada pelos respectivos familiares para viabilizar o primeiro passo a partir do kart. Eles chegaram a estudar a participação na série argentina (com chassis Mygale e motores Geely), mas preferiram trazer para o país a categoria, base da pirâmide na trajetória criada pela FIA, e hoje disputada em vários países do mundo.

Um dos atrativos é a permissão concedida pela CBA para que pilotos acima dos 14 anos se inscrevam, o que hoje só acontece na Dinamarca e no México (série Nacam). Outro é a perspectiva de custos menores se comparados com os praticados na Europa. O pré-calendário prevê etapas em Interlagos, Goiânia, Brasília (caso a reforma do autódromo siga adiante); Velocitta e Curitiba, que receberia duas etapas. E transmissão de todas elas pelo Band Sports.

Alguns dos pilotos que vão compor o grid já têm testado com os carros da categoria (casos de Ricardo Gracia e Alvaro Cho, que andaram na Itália); e mesmo competido, como Pedro Clerot, Lucas Staico e Lucca Zucchini na F-Delta, para começar a se acostumar com o que terão pela frente.

Esta é a segunda iniciativa para trazer a F-4 ao Brasil. Em 2019, os promotores da F-Vee chegaram a cogitar a possibilidade, com a ajuda de Wilsinho Fittipaldi e do saudoso Ricardo Divila. Na época, no entanto, não havia um grupo de pilotos tão numeroso interessado para justificar o investimento.

  • O Comentário do Racemotor:

A chegada da F-4 ao Brasil em 2022 traz de volta um cenário que por muitos anos foi comum: o dos pilotos desembarcarem na Europa já com um ano de experiência nos monopostos. Era assim nos tempos das F-Vê e Super Vê, nos anos 1970, mas também das fórmulas Ford, Chevrolet e Renault, com a vantagem dos custos menores. Mais recentemente, a F-3 acabou se tornando esse trampolim, mas por falta de opções menos potentes e mais adequadas a quem sobe do kart.

Por isso mesmo a iniciativa é digna de elogios, e tem tudo para ser um sucesso. É necessário, no entanto, pensar a longo prazo: se hoje há 16 pilotos prontos para disputar a categoria, não se tem a mesma certeza quando esse grupo buscar voos mais altos. Além de incentivos para seguir com os grids elevados, é importante atrair mais à frente nomes de países vizinhos, bem como manter os custos sob controle para evitar um aumento descontrolado dos orçamentos.

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