A uma semana da estreia, grid da Fórmula 2 fica completo

A situação não é nova – nos tempos da F-3000 era ainda pior, com 16 ou 17 times buscando por pilotos com orçamento e o risco de não se classificar para algumas etapas dificultando acordos. Na F-2 (como já era o caso na GP2), são menos escuderias, mas em algumas a definição se arrasta até os últimos momentos, e as multas previstas nos contratos com os organizadores levam a soluções nem sempre ideais. Pois exatamente a uma semana dos primeiros treinos no Barein, os três cockpits que faltavam ganharam donos.

No da Campos, para formar dupla com Jack Aitken, a escolha foi natural. O francês Dorian Bocolacci, vice-campeão europeu de F-Renault em 2016, subiu para a categoria no meio do ano passado vindo da GP3 e, em quatro rodadas duplas com a MP Motorsport, somou três pontos. Na pré-temporada, ele já havia testado com o time espanhol.

Já a holandesa MP mostra estar mais preocupada com o aspecto econômico do que com o nível técnico. Sem alternativas, a escuderia que há dois anos venceu corridas com o mineiro Sérgio Sette Câmara trouxe de volta o inglês Jordan King, que vem de uma temporada bastante razoável na NTT Indycar Series e vai disputar as 500 Milhas de Indianápolis com um carro da Rahal Letterman. O próprio piloto admite que a prioridade este ano é conseguir participar de mais provas do outro lado do Atlântico.

Situação ainda pior é a do indiano Mahaveer Ragunathan, forte candidato a lanterninha do campeonato. Sem deixar boa impressão no Europeu de F-3 e diferentemente dos compatriotas e irmãos Arjun e Kush Maini, ele acabou disputando a série BOSS, que reúne antigos carros da F-1/F-3000/Renault World Series em pistas europeias. Em seu primeiro contato com o atual Dallara-Mecachrome, melhorou ao longo dos treinos, mas, ainda assim, ficou, em média, a 1 segundo do restante do pelotão.

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