Adeus a Murray Walker. A voz britânica da F-1 se vai

O mundo da Fórmula 1 se despede neste sábado de um de seus personagens mais marcantes fora das pistas. Morreu aos 97 anos o britânico Murray Walker, que se transformou na voz da categoria para o apaixonado público britânico. Filho de um campeão do motociclismo da primeira metade do Século XX, ele chegou a se arriscar nas pistas sobre duas rodas, antes de ser contratado pela BBC para acompanhar inicialmente o motociclismo e, na maior parte do tempo, a F-1 (também trabalhou para a ITV).

Viu britânicos como Jackie Stewart, James Hunt, Nigel Mansell e Damon Hill se sagrarem campeões, mas se empolgava mesmo com as grandes disputas e demonstrações de talento. Costumava dizer que era ‘um fã que ganhou a chave da cabine de transmissão’, e recebeu da Rainha Elizabeth II um título de nobreza pelos serviços prestados ao esporte. Além disso, formou uma dupla lendária com Hunt, quando o campeão de 1976 passou a comentar os GPs.

A empolgação as vezes era tamanha que o levava a dizer frases folclóricas e gafes que fizeram parte da adoração a ele (os Murrayismos). “O carro que lidera é único, exceto pelo que vem logo atrás, igual a ele”; “Mansell está diminuindo o ritmo, administrando. Não, ele acaba de quebrar o recorde da pista”; “Com metade da corrida completada, falta metade da corrida”; “Jenson Button está no top-10, em 11º” e “Seria a terceira vitória seguida de Senna se ele tivesse vencido as duas anteriores” foram algumas das pérolas do narrador e comentarista. Uma delas, aliás, deu nome à sua biografia: “Unless I’m very much mistaken’.

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