Alfa Romeo aparece antes da hora, e com conceito inédito

Lógico que estava previsto pela escuderia. Tanto mais que, a qualquer barulho ouvido pela população de Fiorano vindo do circuito de provas da Ferrari, logo há uma corrida ao entorno para saber do que se trata. Ainda não é a nova máquina de Sebastian Vettel e Charles Leclerc, mas a “prima” Alfa Romeo, que, com Kimi Räikkönen, fez seu primeiro shakedown do modelo 2019. Ainda sem sigla oficial, mas com a promessa de esquentar a briga no pelotão intermediário e incomodar os favoritos. E com uma decoração provisória bastante elegante, formada pelos quadrifoglios, os trevos de quatro folhas que simbolizam os programas esportivos da casa de Arese.

A equipe coordenada por Beat Zehnder e Simone Resta procurou aproveitar ao máximo o túnel de vento de Hinwil, um dos mais modernos do mundo, e manteve conceitos mostrados ano passado, ainda como Sauber, como as entradas de ar separadas para a unidade de potência e os periféricos (ERS/KERS). Os sidepods estão ainda mais curtos e estreitos e chama a atenção como a carenagem do motor é baixa próxima à asa traseira. O bico, com direito ao S-Duct, é similar ao do C37, com suas múltiplas entradas de ar (ideia adotada também pela McLaren). E os suportes dos retrovisores são aproveitados como perfis aerodinâmicos auxiliares.

Mas o que mais chamou a atenção mesmo foi a solução encontrada para a asa dianteira, totalmente distinta de tudo o que foi pensado pela concorrência. Os flaps não usam a extensão total até o bargeboard (a lateral), com um espaço amplo diante dos pneus. Pode ser apenas experiência, pode esconder novos desenvolvimentos até o GP da Austrália ou mesmo ser um blefe (menos provável), mas já aponta para um caminho diferente, com a famosa lógica do circo: se der certo, todo mundo copia.

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