Apareceu a nova F-1. Agora começa o trabalho de verdade

A nova Fórmula 1 ganhou ‘rosto’, com o anúncio, em Austin, do pacote de regras técnicas e desportivas que passam a valer em 2021. O visual das máquinas não é surpresa para quem vem acompanhando os testes e esboços mostrados pela categoria durante o desenvolvimento. A ideia é tornar as linhas mais simples e eficientes, evitando os excessos de defletores, aletas e dispositivos que, ao mesmo tempo em que garantem maior downforce, aumentam a turbulência para quem vem atrás. Algo que certamente os projetistas buscarão burlar, aproveitando eventuais pontos nebulosos nas regras.

Visualmente chama a atenção a asa dianteira em formato de delta, com extremidades semelhantes aos winglets, dos jatos comerciais. A pequena carenagem que cobre uma parte dos pneus dianteiros foi um artifício escolhido para aumentar a estabilidade aerodinâmica da região. O assoalho ganha um novo tipo de efeito-solo, com canalizações que ajudam a sugar o ar sob as entradas laterais de refrigeração. A asa traseira ganha contornos mais simples, mantendo o DRS.

As áreas para garantir alguma diferença nas formas são poucas: a tomada de ar sobre o piloto e o desenho das laterais. No mais, áreas bem definidas delimitam onde é possível conceber algum tipo de aleta ou defletor. O peso total passa dos atuais 743 para 768 quilos, considerando a maior massa de rodas e pneus aro 18.

Numa tacada só, a FIA tornou públicos, em seu site, os regulamentos técnico, desportivo e financeiro para o Mundial de 2021 (e anos seguintes). O formato da qualificação atual foi mantido, diante da falta de consenso entre as escuderias para a adoção das corridas qualificatórias no sábado.

Além disso, a categoria adota, pela primeira vez, um teto de despesas (Cost Cap), que será de US$ 175 milhões. Não estão incluídas ações de promoção e marketing; salários e despesas referentes aos pilotos e os custos de material usado nos finais de semana de GP (alimentação, descartáveis, montagem e desmontagem das estruturas dos boxes, energia elétrica, água e gás, entre outras). Os montantes serão obrigatoriamente auditados e avaliados por uma comissão independente.

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