Audi abandona DTM no fim do ano. Futuro do campeonato em risco

Um dos casamentos mais longínquos da história do esporte motor chega ao fim. E põe em risco o futuro de todo um campeonato. A Audi anunciou, nesta segunda-feira (27) que deixa o DTM no fim do ano. Consequência da situação econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus. O braço esportivo da montadora alemã seguirá oficialmente apenas na Fórmula E, além de manter a produção do R8 para as categorias GT3 e GT4.

Vai chegar ao fim uma trajetória de 11 títulos de pilotos; 114 vitórias e 345 pódios, de 1990 a 1992 e de 2000 até hoje (quando o Alemão de Turismo voltou às pistas com seu formato atual). “A Audi ajudou a moldar o DTM e foi moldada por ele. Agora é hora de concentrar nossos esforços como fornecedores de mobilidade com energias renováveis, e a Fórmula E é uma plataforma perfeita para mostrar nossa capacidade”, explica Markus Duesmann, presidente do Conselho de Administração da Audi AG.

Com o anúncio, os times oficiais (Abt, Phoenix e Rosberg) e satélites (WRT) ganham algum tempo para planejar seu futuro na categoria e no esporte. Para a ITR, organizadora do DTM, o desafio agora é não tanto de conseguir novas montadoras, mas de garantir a sobrevivência do campeonato. É difícil imaginar a permanência da BMW sem adversário oficial. Uma das soluções seria adotar o chassi no regulamento Classe 1 (o mesmo do Super GT japonês) com formas genéricas. Outra possibilidade foi levantada pelo campeão Hans Stuck: acolher as máquinas GT3 com algumas modificações técnicas para criar uma identidade única em termos de desempenho.

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