Balanço da pré-temporada da F-1: bem mais do que três milésimos

Foram sete dias e meio de trabalho intenso no Circuito da Catalunha, em Montmeló, sensores e traquitanas aerodinâmicas presas aos carros, simulações e avaliações do comportamento dos carros com os diferentes compostos de pneus da Pirelli para a temporada. Pois a preparação de equipes e pilotos para o Mundial de F-1 também teve sua ‘happy hour’, em que a ordem foi espremer o máximo do equipamento com pouco combustível, pneus C5 (os mais macios) e, porque não, tentar mandar uma mensagem intimidatória para a concorrência.

Quem esperava que uma das principais forças pudesse encarar o período até o GP da Austrália, dia 24, em Melbourne, com preocupação, viu Ferrari e Mercedes separadas por míseros três milésimos de segundo. Vantagem de Sebastian Vettel sobre Lewis Hamilton, com a concorrência desta vez distante. Mais rápido da primeira semana, Nico Hulkenberg também andou abaixo da casa de 1min17, mas a oito décimos de segundo das melhores marcas.

Talvez por uma maior exigência do material ou, em alguns casos, pela quilometragem alcançada, a segunda série de quatro dias de testes foi marcada por um número maior de falhas mecânicas e quebras. Caso do detrito que destruiu a roda dianteira esquerda da SF90 com Vettel ao volante na quarta-feira; dos problemas no escapamento da Haas e no câmbio da Red Bull que limitaram o trabalho dos dois times. A Williams surpreendeu pelo número de voltas percorridas com o FW42, ainda que o diretor-técnico Paddy Lowe tenha admitido que, nesta sexta, algumas peças já estavam tão desgastadas que não valeria a pena ficar mais tempo na pista.

O acidente com Vettel tirou, da Ferrari, a chance de, como a Mercedes, superar a marca das 1.000 voltas completadas no total dos oito dias. Renault, Toro Rosso, Alfa Romeo, McLaren e a própria Haas mostraram uma regularidade promissora, enquanto a Racing Point rodou bem menos do que os concorrentes, algo que não pareceu incomodar a equipe.

As pouco mais de duas semanas até o início do trabalho em Melbourne serão de muita análise dos dados, atividades nos simuladores e correria nos departamentos de produção e desenvolvimento das escuderias para contar com a configuração mais eficiente possível quando o campeonato começar, ainda por cima, com condições de clima totalmente diferentes.

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