BMW prepara ‘revival’ da Série Procar em Norisring, com ex-Fórmula 1 confirmados

Quatro décadas depois de sua primeira temporada, um dos monomarcas mais charmosos e sensacionais do automobilismo internacional volta à vida, para uma prova de exibição no circuito de rua de Norisring, em Nuremberg (Alemanha), no fim de semana de visita do DTM ao traçado (5 a 7 de julho). A BMW, por meio de seu departamento de Clássicos, conseguiu restaurar e preparar 14 exemplares do M1 usado na Procar Series, disputada por duas temporadas (você confere a história do campeonato abaixo).

Os alemães querem ao máximo reproduzir o ambiente original da categoria e já confirmaram a participação de dois nomes que participaram das provas da Procar – o holandês Jan Lammers e o suíço Marc Surer. Outro que deve dar as caras no grid é Gerhard Berger, hoje principal dirigente do Alemão de Turismo, e não será de se estranhar se um capacete mais do que conhecido dos brasileiros também aparecer em ação: Nelson Piquet, vencedor do campeonato em 1980 e historicamente ligado à marca de Munique.

O que foi a Procar

Houve um tempo, nem tão distante assim, em que os pilotos da F-1 mediram forças com equipamento igual nos finais de semana de GP – os BMW M1 que atendiam ao regulamento do Grupo 4 da época, com motores seis cilindros em linha de 470cv, e eram montados por uma ‘certa’ Project Four Racing, de Ron Dennis, que assumiria a McLaren em seguida.

A Série Procar nasceu de um acordo entre a montadora alemã (com seu histórico diretor esportivo Jochen Neerpasch) e Max Mosley, então um dos sócios da March que, ao lado de Bernie Ecclestone, convenceu os dirigentes da validade da iniciativa. Em 1979, o campeonato serviu como preliminar de vários GPs europeus (além de uma prova extra, em Donington, numa homenagem ao sueco Gunnar Nilsson) e foi conquistado por Niki Lauda. No ano seguinte, houve nove etapas (seis em GPs e provas avulsas em Donington, Avus e Norisring) e Piquet levou o título para casa. Com o envolvimento direto na F-1 por meio do fornecimento de motores, os bávaros preferiram encerrar a disputa, com os carros passando a ser usados em competições de endurance e no DRM alemão.

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