Campanha presidencial dos Estados Unidos chega à Nascar
Os Estados Unidos vivem, em meio à pandemia de Covid-19, a campanha eleitoral que levará à eleição de 3 de novembro. De um modo ou de outro, ela acaba refletindo no esporte, seja pela manifestação de atletas e dirigentes por um dos lados; seja pelo patrocínio. Cuja aceitação depende das regras de cada liga. Já no fim de semana passado, em Pocono, de forma secundária, a primeira mensagem apareceu na carroceria de um dos carros da Nascar Cup: o Mustang #32, da GoFas Racing, pilotado por Corey Lajoie.
O modesto adesivo com a inscrição Trump 2020 nas laterais vai dar, agora, lugar à decoração completa do #32 em nove corridas, já a partir de Indianápolis, no domingo. O carro de Lajoie será uma espécie de outdoor ambulante da campanha do atual presidente, do Partido Republicano, à reeleição.
O detalhe é que a ação não é bancada por Trump, mas um grupo de apoiadores (Patriots of America), que arrecadou o montante. Estimado, segundo a imprensa norte-americana, em algo como US$ 5 milhões.
Esse tipo de acordo é mais comum em times menores, por conta dos efeitos políticos da ‘escolha’. Nas corporações como Penske, Ganassi e Joe Gibbs, a ordem é não tomar partido, para não ficar em maus lençóis com o eleito, de que lado for.
Além disso, a mistura entre política e a Nascar quase custou um patrocinador importantíssimo para a organização. Na eleição anterior, Brian France, homem-forte da categoria se posicionou a favor de Trump. Isso irritou Marcus Lemonis, CEO da Gander RV and Outdoors, que dá nome à Truck Series. Descendente de libaneses, ele ameaçou suspender a parceria, diante da postura do hoje presidente em relação aos imigrantes. Voltou atrás quando, oficialmente, a associação disse que a posição de France era pessoal, e não refletia a da organização.
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