Chegou a vez das 24h de Le Mans. Prova terá sete brasileiros
Sem a presença de público, em nova data, mas as 24h de Le Mans, mais tradicional prova da endurance no planeta, vão adiante. E, no próximo fim de semana (19 e 20), reúnem 59 máquinas no traçado de 13.626m que usa partes de estradas abertas à circulação no restante do ano. Com a mudança no calendário do Mundial de Endurance (WEC), a maratona da Sarthe deixa de concluir o campeonato, que ainda terá uma prova no Bahrein. Vencer após as duas voltas no relógio é tão, ou mais importante, do que dominar toda a temporada.
Na categoria principal, será a última vez que os protótipos LMP1 brigarão pela vitória sozinhos. No ano que vem, o WEC passa a contar também com os Le Mans Hypercars – Toyota e Scuderia Glickenhaus preparam seus exemplares, e a ByKolles deve se juntar à dupla. Este ano, a montadora japonesa busca a terceira vitória consecutiva com os TS050 Hybrid. Os dois protótipos Rebellion R13-Gibson são, na teoria, a principal ameaça – mais uma vez a organização aposta no EOP (equilíbrio de performance) para aproximar o desempenho e favorecer a disputa.
Com 24 inscritos, a LMP2 é a classe de maior incerteza. O Alpine-Oreca do Team Signatech (com André Negrão como um dos pilotos) tentará repetir o triunfo do ano passado, mas não faltam trios fortes. Neles estão pilotos como Juan-Pablo Montoya (Dragonspeed); Jean-Eric Vergne (G-Drive), Nicolas Lapierre (Cool Racing); Antonio Félix da Costa e Anthony Davidson (Jota). Um destaque é a presença do trio feminino no Oreca #50 da Richard Mille: Tatiana Calderón, Sophia Floersch e Beitske Visser (que substitui a contundida Katherine Legge).
A GTE Pro reúne apenas oito máquinas, depois da desistência da Corvette e da retirada de duas Porsche 911 RSR oficiais. O favoritismo é das Aston Martin Vantage, que lideram o WEC. No ano passado, no entanto, a vitória ficou com a Ferrari 488 GTE da AF Corse, com Daniel Serra no time. Ele, Alessandro Pierguidi e James Calado correr para repetir o feito. Na GTE AM, a presença de 22 inscritos torna difícil qualquer prognóstico.
Brasileiros
Se Pipo Derani acabou fora do trio de um dos Oreca-Gibson da Dragonspeed, nada menos que sete brasileiros encaram a 88ª edição das 24h de Le Mans. Bruno Senna está no comando do Rebellion R13 #1, que venceu a etapa do COTA, nos Estados Unidos. Negrão é o representante na LMP2, a bordo do #36, enquanto Serra estará na Ferrari #51.
A grande maioria do contingente verde e amarelo se concentra na GTE AM. Felipe Fraga repete a parceria tradicional com Ben Keating e Jeroen Bleekemolen no Porsche 911 RSR #59 da Project 1. No ano passado, a dupla cruzou à frente com um Ford GT, mas acabou desclassificada por uma infração técnica.
Marcos Gomes volta a defender o time HubAuto, com que foi campeão da Asian Le Mans Series na GT3. Terá a seu lado Morris Chen e Tom Blomqvist na Ferrari 488 GTE #72. Augusto Farfus, sem a presença da BMW, está no Aston Martin Vantage #98, com Paul Dalla Lana e Ross Gunn. E Oswaldo Negri é a novidade na Ferrari 488 GTE #61 da Luzich Racing, com Come Ledogar e o gentleman Francesco Piovanetti.
Hyperpole
Com a programação revista, as três sessões de treinos livres e qualificação serão realizadas na quinta-feira (17). Na sexta, os seis mais rápidos de cada categoria encaram a Hyperpole, novidade desta edição: as três primeiras filas de cada categoria serão definidas 30 minutos de treino, na sexta-feira. A largada acontece às 9h30 do domingo (mais cedo que o habitual).
Siga o Racemotor no: