Chuva termina 24h de Daytona antes da hora. Vitórias de Alonso e Farfus
Faltavam ainda 11 minutos para que se completassem as duas voltas no ponteiro quando a bandeira quadriculada foi mostrada no frontstretch de Daytona, com os carros alinhados no pitlane em regime de bandeira vermelha. A chuva acabou sendo a visitante indesejada na primeira etapa da IMSA Weathertech, mas os resultados finais da prova acabaram premiando quem mostrou consistência, velocidade e acerto na estratégia.
E depois de conquistar as 24h de Le Mans, Fernando Alonso colocou mais uma clássica da endurance mundial no currículo (se tornou o terceiro campeão mundial de F-1, juntando-se a Phil Hill e Mario Andretti). Ao lado de Kamui Kobayashi, Renger van der Zande e Jordan Taylor, com o Cadillac DPi #10 da Wayne Taylor Racing, levou a melhor depois de um duelo sensacional com Felipe Nasr com a pista encharcada – o brasiliense acabou aquaplanando e não conseguiu evitar a ultrapassagem que deixou os rivais na ponta no momento da segunda interrupção da prova (às 15h39, de Brasília). O Cadillac DPi #31 da Action Express com Nasr, Pipo Derani e Eric Curran ficou com a segunda posição geral, à frente do Acura ARX DPi (Penske) de Hélio Castroneves/Ricky Taylor/Alexander Rossi.
Quinto colocado com o Cadillac DPi #85 da JDC-Miller, Rubens Barrichello resumiu as condições que a própria IMSA, no comunicado oficial que determinou o fim da disputa, chamou de “as mais extremas da história”. “Quando a visibilidade é quase nenhuma e não há como identificar as poças, fica perigoso, e não há muito o que fazer. Lógico que a vontade era de voltar ao carro e acelerar, mas as condições estavam completamente desfavoráveis”.

E se entre os protótipos este ano não houve brasileiros no alto do pódio, na GTLM Augusto Farfus, chamado à última hora, recebeu o tradicional relógio Rolex Daytona Chronograph ao conduzir a BMW M8 GTE #25 à primeira posição ao lado de Connor de Philippi, Colton Herta e Phillip Eng. Uma vitória tão mais emocionante na semana da morte de Charly Lamm, histórico diretor do Team Schnitzer, e num fim de semana em que Alessandro Zanardi deu mais uma lição de vida – o #24 terminou em nono na classe.
Na GTD, com nove carros na volta do líder, o período da prova disputado sob chuva, com as paradas e neutralizações, transformou a luta pela vitória numa loteria. Se o carro mais constante era a Mercedes AMG GT3 da Riley Motorsports (com Felipe Fraga na tripulação), quem fez a festa ao fim das “23h49 de Daytona” foi o time Grasser, com a segunda vitória consecutiva da Lamborghini Huracán GT3 (Mirko Bortolotti/Christian Engelhart/Rik Breukers/Rolf Ineichen), à frente da Audi R8 LMS #29 (Montaplast by Land) e do Lexus #12 (Vasser Sullivan). O Mercedes #33 ficou com a sétima posição final, duas posições à frente da Ferrari 488 GTD #13 de Marcos Gomes/Chico Longo/Victor Franzoni/Andrea Bertolini. O Acura NSX #57, que chegou a estar entre os primeiros, concluiu a maratona na 13ª posição, com o time feminino de Bia Figueiredo, Christina Nielsen, Katherine Legge e Simona de Silvestro.
Rolex 24 2019 (24h de Daytona)
IMSA Weathertech: primeira etapa