Circo saúda retorno de Kubica, mas dúvidas sobre desempenho permanecem

Robert Kubica está de volta, como já se previa, ao Mundial de Fórmula 1 e, voltando no tempo, é possível dizer que no momento certo, já que o talento do polonês de Cracóvia muito provavelmente não bastaria para fazer da Williams 2018 um equipamento competitivo.

Uma mostra do carisma e do respeito do circo por um piloto que superou uma tragédia e deu a volta por cima para acelerar novamente de forma competitiva pode ser vista nas redes sociais, com a enxurrada de mensagens inclusive de adversários e personalidades desejando sucesso, a começar pela Renault, que como Lotus foi a última equipe do vencedor do GP do Canadá de 2006 no circo e que, ano passado, teve a chance de efetivar Kubica mas, ao afastá-lo de seus planos, sugeriu que algo impediria um desempenho competitivo, mesmo depois de um ano de testes, seja com carros de anos anteriores, seja com o R20 nas regras atuais.

A Mercedes-AMG, a Carlin (equipe de Sérgio Sette Câmara na F-2), o presidente da FIA, Jean Todt estão entre os que fizeram questão de dar os parabéns e destacar a capacidade de superação de Kubica que, no Rally Ronde di Andora (Itália) de 2011, teve o braço direito quase decepado pela lâmina de um guard-rail que invadiu a cabine em um acidente e, a custa de uma longa reabilitação, voltou a fazer o que mais gosta. Aliás, a Williams chegou a ter seu site fora do ar por alguns instantes devido ao volume de acessos, o que confirma que a volta do polonês fará bem não só a ele e ao time, mas à categoria como um todo.

Kubica já comanda o FW41 na primeira sessão livre de treinos para o GP de Abu Dhabi, nesta sexta-feira (23), além de dividir o trabalho dos testes de pneus da Pirelli, também em Yas Marina, semana que vem, com o novo companheiro de equipe George Russell. Ao falar sobre o desafio, que definiu como “o maior de sua vida”, o polonês garantiu estar pronto para uma temporada ao volante, ainda que muita gente ainda duvide. “Foi uma longa jornada até chegar a esse ponto, algo que parecia impossível e se torna realidade. Sei que não será fácil, chego para enfrentar os melhores pilotos do mundo, mas estou certo de que eu e a equipe faremos grandes coisas juntos para avançar no grid. Tenho que agradecer a todos os que torceram por mim e acreditaram, bem como a Sir Frank e Claire, que tornaram isso possível”.

Com a confirmação da dupla da Williams, resta apenas um cockpit indefinido: o da Toro Rosso, ao lado de Daniil Kvyat. Se a permanência de Brandon Hartley parece pouco provável, o anglo-tailandês Alex Albon, atual terceiro na F-2, aparece com grande chance, enquanto o bicampeão do GP de Macau, Dan Ticktum, esbarra na falta de pontos em sua Superlicença para ganhar uma oportunidade.

 

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