Corrida de recuperação leva Sette Câmara dos boxes ao sétimo lugar na F-2 em Monza
Não é fácil ter o carro mais constante (e veloz) do grid, conquistar a segunda posição de largada numa pista que favorece as ultrapassagens e, da chance real de vitória, se ver obrigado a remar todo o pelotão desde os boxes. Ainda assim, foi o que Sérgio Sette Câmara fez na corrida longa que abriu a 10ª etapa da Fórmula 2 em Monza. Durante as voltas de alinhamento, o representante brasileiro na categoria descobriu um problema que exigiu o retorno ao pit para sair depois que todo o pelotão tivesse passado.
De vigésimo, ele conseguiu uma sétima posição preciosa na luta por um lugar entre os três primeiros do campeonato, além de registrar a volta mais rápida, confirmando que o Dallara Mecachrome #18 da equipe Carlin era o carro a ser batido. A vitória acabou ficando, de forma surpreendente, com o japonês Tadasuke Makino (Russian Time), graças a uma estratégia arriscada: largou com os pneus mais duros e apenas nas voltas finais fez sua parada para mudá-los pelos supersofts, a essa altura já com uma vantagem confortável para o companheiro de equipe Artem Markelov.
O brasileiro teve paciência para escalar a fila ao longo das 30 voltas, depois receber um toque de Roy Nissany e de fazer sua parada na sétima, como a maioria dos primeiros colocados. Com um ritmo forte e regular, superou Max Gunther, Sean Gelael, Antonio Fuoco, Luca Ghiotto e Ralph Boschung (outro que optou pela estratégia diferente). Na penúltima passagem, registrou 1min35s296, o que lhe valeu dois pontos extras. Na prova sprint de domingo (2), com largada às 5h55 (de Brasília), a inversão das oito primeiras posições deixa o piloto de Belo Horizonte novamente na primeira fila, em segundo, com mais uma ótima oportunidade de vencer a primeira no ano.