Décima etapa do Dakar tem abandono do líder nas motos. Brasileiros avançam

O Dakar 2021 entra em sua reta final – os vencedores serão conhecidos sexta-feira em Jeddah. No caminho, ainda muita areia, terra; o desafio de acertar a navegação e as armadilhas sempre guardadas pelo maior rally do mundo. Nesta quarta-feira, a caravana partiu de Neom rumo a AlUla, antepenúltima parada do desafio. A especial de 342 quilômetros (583 a distância total do dia) trouxe trechos velozes mas, ao mesmo tempo, traiçoeiros.

Não por acaso, marcou o abandono de José Ignacio Cornejo (Honda CRF 450 Rally), que liderava entre as motos, em consequência de uma queda. Embora tenha conseguido chegar ao fim da etapa, ele teve a continuidade negada pela equipe médica do rally. Com outra CRF oficial, o atual campeão Ricky Brabec acabou vencendo a etapa nas duas rodas, resultado que o deixa agora em segundo na classificação geral. A não mais que 51 segundos do argentino Kevin Benavides. Em terceiro, a 10min36 de Benavides, o britânico Sam Sunderland é o melhor representante da KTM.

Carros

A disputa dos carros está cada vez mais encaminhada em favor de Stephane Peterhansel/Edouard Boulanger (Buggy Mini JCW). Terceiros na especial do dia, viram Nasser Al-Attiyah/Mathieu Baumel (Toyota Hilux) descontar apenas 49 segundos. O saudita Yazeed Al-Rajhi, com outra Hilux, venceu a etapa, mesmo tendo que percorrer boa parte do deslocamento com um pneu furado.

Depois da capotagem da oitava etapa, Marcelo Gastaldi/Lourival Roldan voltaram a andar forte com o Buggy Century CR6. Fecharam a especial com o 11º melhor tempo mas, penalizados com 5 minutos, ficaram em 17º. Ocupam a 29ª posição na geral. Já Guilherme Spinelli/Youssef Haddad (Mini All4/X-Raid) sofreram com a poeira que, aliás, foi a principal dificuldade para quem largou mais atrás.

“No começo da especial nós nos complicamos em algumas referências e perdemos tempo. Depois ficamos mais uma vez presos no meio da poeira de competidores mais lentos. Foi um dia complicado, com muita terra e as diferenças de tempo entre os competidores eram bem próximas, então qualquer tempo perdido era valioso. Vamos ver o que acontece amanhã, continuaremos tentando melhorar a nossa posição até o fim do rali”, destacou Guiga.

UTVs

Nos UTVs/SSVs, Gustavo Gugelmin e o piloto norte-americano Austin Jones (Can-Am Maverick X3/Monster Energy Can-Am) foram superados apenas pelos russos Sergei Kariakin/Anton Vlasiun (Can-Am Maverick X3) na classe T4. Conseguiram descontar pouco mais de dois minutos da diferença que os separa dos líderes na geral: Francisco ‘Chaleco’ López/Juan Latrach (Can-Am Maverick X3). Com a sétima posição no dia, Reinaldo Varela/Maykel Justo (Can-Am Maverick X3/Monster Energy Can-Am) mantiveram o quinto lugar na geral.

Caminhões

Segunda vitória de etapa consecutiva do Iveco do checo Martin Macik. Segundo colocado no estágio, o russo Dmitry Sotnikov conseguiu ampliar a vantagem na geral para o companheiro na equipe Kamaz Anton Shibalov.

A penúltima etapa, nesta quinta-feira (14), entre AlUla e Yanbu, teria, na teoria, a especial mais longa do Dakar 2021. Dos 511 quilômetros previstos, no entanto, 47 foram cortados por consequência do mau tempo na região. Ainda assim, a promessa é de muita exigência com a volta das dunas.

Rally Dakar 2021

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