Divulgada a pontuação da Superlicença para a F-1, com surpresas

Superlicença. Mais do que nunca a palavra entrou na ordem do dia considerando a seca de pilotos brasileiros na Fórmula 1 e a expectativa de que os candidatos verde e amarelos a uma vaga no circo consigam os sonhados 40 pontos, sinônimo do documento que permite assumir a condição de titular na categoria máxima.

Pois com a mexida no cenário das categorias internacionais e a oportunidade do último Conselho Mundial do Esporte Motor (WMSC) do ano, em São Petersburgo (Rússia), a FIA divulgou a escala de pontuação distribuída e os campeonatos que podem ser levados em conta para o cálculo – sempre é bom lembrar que é considerada a soma das três últimas temporadas, o que se torna desnecessário no caso dos três primeiros lugares na Fórmula 2 ou do título da Indycar, suficientes para alcançar o número mágico.

Nada menos que 35 campeonatos e/ou categorias considerados relevantes para a formação de um piloto foram incluídos na lista, a começar pelas competições continentais de kart, sempre lembrando que, depois da efetivação de Max Verstappen aos 17 anos, passou a valer a regra que leva o “apelido carinhoso” de “lei Verstappen”, pela qual apenas maiores de 18 anos podem ser titulares na F-1. É interessante notar que um piloto que dispute algumas das principais séries da endurance internacional, como o WEC e a IMSA Weathertech, pode, por meio delas, somar os mesmos 40 pontos. E apesar da badalação e do elevado nível técnico, com vários ex-Fórmula 1 no grid, a Fórmula E não garante ao campeão a possibilidade de fazer o caminho inverso, oferecendo “apenas” 30 pontos.

O que chamou a atenção na nova lista (em roxo estão destacadas as novas competições, ou que passam a fazer parte do cálculo em 2019) é o peso mantido pela FIA para o Fórmula European Masters, que substituirá, com os mesmos chassis e motores, o Europeu de F-3, disputado paralelamente ao DTM. Seu campeão somará 25 pontos, ou somente cinco a menos do que o melhor na nova F-3, que é encarada pela entidade como “passagem obrigatória” rumo ao circo. Mesmo caso da nova Fórmula Regional Europeia, que segue o conceito da F-3 Asiática e Norte-Americana, com chassis Tatuus e motorização Alfa Romeo turbo. E alguns eventos individuais, como o GP de Macau (ainda com incerteza quanto ao novo regulamento e carros usados) também entrarão na conta, no caso, com 5 pontos extras ao vencedor.

A Superlicença é automaticamente renovada (caso seja desejo do piloto) se ele tiver sido titular nos últimos três anos ou, antes disso, se provar ser capaz de comandar um carro de F-1 percorrendo ao menos 300 quilômetros de testes em no máximo dois dias, há não mais de 180 dias. Pela pontuação, o único brasileiro qualificado a competir no ano que vem seria Lucas di Grassi, graças aos resultados acumulados no WEC e na F-E. Pietro Fittipaldi soma 20 pontos (graças ao título da extinta V8 3.5 em 2017), enquanto Sérgio Sette Câmara somou 10 este ano com a sexta posição na F-2.

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