Em nome do pai: Mick Schumacher é campeão europeu de F-3
De frio e distante, o fã alemão de automobilismo não tem nada. E com certeza a emoção correu solta no começo da tarde em Hockenheim quando, diante da apaixonada torcida, Mick Schumacher coroou uma temporada de sonho, iniciada de modo totalmente diferente no Europeu de F-3. Em seu terceiro ano na categoria, o filho do heptacampeão mundial de Fórmula 1 parecia destinado ao posto de coadjuvante de luxo, mas uma enxurrada de pódios e vitórias a partir da metade do campeonato, em Silverstone, valeu um título mais do que merecido, daqueles que trazem uma enxurrada de maturidade, confiança e respeito. Mais do que nunca, ele deixa de ser o filho de Michael para ter nome próprio e se tornar presença quase obrigatória no circo em questão de anos.
O fim de semana decisivo, aliás, não começou da maneira esperada, com uma acidentada corrida 1 (toque no Dallara do companheiro de time Marcus Armstrong) que o fez ir aos boxes e terminar em 12º, enquanto o único rival Dan Ticktum recebia a bandeirada em quinto. O que apenas adiou o inevitável. Na segunda corrida, Mick, de 19 anos, largou em segundo e, se de início parecia conseguir ameaçar o estoniano Juri Vips, da Motopark, preferiu evitar novos riscos e manteve a segunda posição até a bandeirada, escoltado por outro piloto da Prema, o também estoniano Ralf Aron. O inglês protegido da Red Bull buscou uma recuperação da 11ª posição, terminando em sétimo, insuficiente para impedir que, 14 anos depois do sétimo título do pai, um Schumacher se sagrasse campeão de uma competição internacional FIA.
Tão logo desceu do carro, Mick admitiu que “a ficha ainda não havia caído”: “tenho que admitir que ainda não está na minha cabeça o fato de que eu sou campeão, mas logo estará e eu vou aproveitar e desfrutar totalmente”.