Equipe e piloto estreantes são a sensação do qualifying da Indy em Saint Petersburg
“Acredito que vamos surpreender muita gente”. Quando disse isso, antes do fim de semana da primeira etapa da NTT Indycar Series, o britânico Ben Hanley talvez não acreditasse que a profecia se confirmasse tão cedo. Afinal, a parte um teste em Sebring, que serviu mais como um shakedown, não só o Dallara Chevrolet da equipe Dragonspeed nunca havia percorrido um metro sequer, como o britânico estava diante de sua primeira etapa na cada vez mais competitiva categoria.
Pois Hanley e o #81 conseguiram superar a primeira fase da qualificação e fecham a sexta fila com a 12ª posição entre os 24 carros inscritos, com 1min02s3703, à frente, por exemplo, de Simon Pagenaud (Penske). Uma marca dois segundos melhor que a estabelecida na véspera, que confirma a capacidade de adaptação e o talento do piloto de 34 anos que, há não muito, quando contratado pelo time de kart da ART Grand Prix, tinha a missão de auxiliar no crescimento de novatos como Charles Leclerc e o brasileiro Sérgio Sette Câmara.
Na equipe comanda pelo ex-piloto Elton Julian, ele não só teve a primeira chance real de mostrar talento (depois de um vice-campeonato na Renault World Series que acabou não trazendo os frutos esperados), como, no salto dos protótipos para o carro da Indy, mostra que do lado de cá do Atlântico ainda existe espaço para surpresas mesmo com orçamentos modestos.
A pole para as 110 voltas da corrida deste domingo ficou, pela oitava vez em 10 edições, com o australiano Will Power (Penske), com 1min00s4594, seguido pelo companheiro de equipe Joseph Newgarden. Os dois brasileiros na categoria terão de apostar na recuperação, depois de um treino complicado. Matheus Leist vinha bem para superar a primeira fase, mas acabou prejudicado pela rodada de Scott Dixon que neutralizou o treino. Tony Kanaan sequer conseguiu registrar uma volta rápida, mostrando que a situação da Foyt ainda é preocupante.
NTT Indycar Series
Primeira etapa: GP de Saint Petersburg