Extreme E: Gil de Ferran e Alejandro Agag criam novo conceito de categoria elétrica
O inquieto Alejandro Agag, que acreditou no conceito de uma categoria para monopostos 100% movida a eletricidade, resolveu aprontar mais uma. E quer fazer vingar agora um novo modelo de competição, sempre se valendo de energias limpas. E, para isso, se associou a um nome bastante conhecido dos brasileiros: Gil de Ferran, diretor esportivo da McLaren, campeão da Indycar e vencedor das 500 Milhas de Indianápolis. Em 2021, eles planejam a disputa da primeira temporada da Extreme E Series.
A ideia é criar um misto de esporte e aventura com SUVs elétricos encarando ambientes hostis e condições extremas de temperatura, tudo registrado por um time premiado de documentaristas. A cada etapa, dois grupos de seis equipes se enfrentarão em formato todos contra todos, com os quatro melhores de cada avançando às fases eliminatórias, que classificarão os finalistas. Os estágios cronometrados terão entre 6 e 10 quilômetros de extensão, com checkpoints virtuais que devem ser percorridos. Um dos objetivos é chamar a atenção para a importância do respeito aos ecossistemas e a possibilidade de um automobilismo sustentável e sem grande impacto. Agag planeja, inclusive, uma prova na região amazônica. Os dois primeiros parceiros confirmados são a Continental (pneus) e a brasileira CBMM, responsável pelo fornecimento do Nióbio necessário para baterias e demais componentes. Também fazem parte do projeto o aventureiro David Meyer de Rotschild e o cineasta Fisher Stevens.
Embora inédito, o conceito guarda semelhanças com o Camel Trophy, realizado entre os anos 1980 e 1990 com jipes Land Rover em regiões inóspitas como Bornéu e a própria Amazônia.