Ferrari e Vettel confirmam divórcio: ‘não há desejo de seguir juntos’
Menos de 12 horas depois das primeiras notícias, veio a confirmação oficial. Sebastian Vettel e a Ferrari encerram ao fim desta temporada um relacionamento de seis anos e 14 vitórias. Uma decisão que cai como uma bomba sobre o circo da F1, que fez com que a Scuderia fugisse do padrão. Em vez de um comunicado seco, de poucas linhas, uma nota em que as duas partes justificam o divórcio. Nela, o tetracampeão garante que o aspecto financeiro não pesou para sua escolha.
“Na F1 para conseguir o máximo é preciso estar em perfeita sintonia com a equipe. Eu e a Scuderia concluímos que não existe mais uma vontade comum de permanecer juntos. O dinheiro não determinou a decisão, não é a minha forma de agir e não sará nunca. O que aconteceu nos últimos meses (NDR: a pandemia) nos levou a fazer reflexões sobre o que realmente importa na vida. É preciso ter imaginação e uma nova postura diante de uma situação diferente. Vou usar o tempo necessário para refletir sobre o que é melhor para meu futuro”.
Se garante que buscará encerrar a parceria do melhor modo possível e agradece ao time e aos tifosi, Vettel deixa claro que a hierarquia interna em Maranello determinou o fim. De líder indiscutível ele passou a ter atenção dividida com Charles Leclerc que, ao que tudo indica, passa a ser a prioridade na Scuderia. Algo com que o piloto de Heppenheim não concorda.
‘Estradas diferentes’
Mattia Binotto evitou entrar em detalhes sobre a motivação. E afirmou que não houve um motivo específico para a decisão, embora admita que a saída de Vettel seja ‘a melhor solução para as duas partes’. “Chegamos à constatação mútua e amigável de que é o momento de seguir por nossos objetivos em estradas diferentes. Em nome da Ferrari quero agradecer a Sebastian pelo profissionalismo e humanidade ao longo desse período”.
A menos que modifique sua estratégia, a Ferrari não apostará em um estreante para substituir o alemão – apenas na F2 são cinco pilotos de sua academia (FDA), entre os quais Mick Schumacher. Com isso, o caminho mais lógico seria tirar Carlos Sainz Jr. da McLaren, até mesmo pela realidade salarial do espanhol. Daniel Ricciardo é outro que interessou ao longo dos últimos anos; mas, além do salário bem mais elevado, teria de se sujeitar a uma hierarquia que Vettel não aceitou.
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