Ferrari testa em Mugello, pensando em possível GP na pista de casa
Mercedes, Renault, Racing Point e agora a Ferrari. Depois de anunciar que voltaria às atividades em preparação para a temporada do Mundial de F1 (e de Charles Leclerc levar o SF1000 da sede de Maranello ao circuito de Fiorano), a Scuderia iniciou, nesta terça-feira (23) os testes visando o GP da Áustria. Mas não só. A decisão de trocar o traçado ao lado da fábrica pelo de Mugello não foi sem motivo. É cada vez maior a probabilidade de a pista próxima a Florença receber um GP, provavelmente após a corrida de Monza (6 de setembro). Seria inclusive, mantido o atual calendário, o milésimo GP ferrarista na categoria.
Se chegou a ser cogitado o uso do carro 2020, o time comandado por Mattia Binotto optou mesmo pelo SF71H, de 2018. Assim, não há restrição de quilometragem. Sebastian Vettel foi o primeiro a treinar. Ele e a equipe puderam desenferrujar depois dos quase quatro meses sem atividades, além de se ajustar aos protocolos de prevenção à Covid-19. Na parte da tarde, foi a vez de Charles Leclerc.
Os dois não economizaram elogios ao desenho da pista. “Acho que se tornará uma das pistas preferidas de todos os pilotos. Ela merece sim receber um GP, melhor ainda se a entrada do público for permitida”, destacou o alemão. Leclerc chamou o circuito de ‘espetacular’.
O trabalho, no entanto, ajuda a recolher dados sobre o traçado de 5.245m. Embora seja dona do complexo e várias vezes tenha feito exibições com seus F1 – Mugello sedia habitualmente a final mundial do Ferrari Challenge -; a equipe não tem costume de trabalhar em condições de corrida na pista, que recebeu treinos coletivos do circo em 2012.
A quem possa considerar uma vantagem extra para a Scuderia, a ideia de mais uma prova na Itália, e no ‘quintal de casa’ ferrarista foi aceita pelos demais times e é levada adiante pela Liberty Media. Imola, próxima a Bolonha, também se ofereceu para receber um GP – as duas pistas possuem homologação Grau 1 FIA, habilitando-as para treinos e corridas da F1.
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