FIA responde à polêmica do Safety Car na F-1
O mundo da F-1 é capaz de criar polêmicas mesmo quando não existem. A última delas surgiu no GP da Austrália, quando alguns pilotos reclamaram, via rádio, da velocidade do Safety Car nos períodos de neutralização. O campeão Max Verstappen (Red Bull) foi um dos que disseram ter problemas para aquecer os pneus alinhado atrás do Aston Martin Vantage F1 usado nas ruas de Melbourne.
Desde o ano passado, a marca de esportivos de Gaydon, também presente com sua equipe, passou a se revezar com a Mercedes no fornecimento do Safety Car e do carro médico. A nova geração de máquinas da F-1 tornou ainda mais crítico o aquecimento rápido dos pneus – por isso as críticas só vieram agora.
O detalhe é que o Vantage tem sob o capô um V8 biturbo com 535 cavalos. Bem mais do que a potência de um Ford Cosworth V8 como os usados pelos times da categoria no fim dos anos 1970. O Mercedes AMG GT, por sua vez, tem 720cv, mais uma razão para a choradeira. Bernd Maylander, que pilota ambos, tem um longo currículo nas competições e não anda propriamente devagar quando acionado.
Resposta
Diante da gritaria, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) divulgou um comunicado em que lembra o óbvio. “A FIA reafirma que a principal característica exigida do Safety Car na F-1 não é a velocidade, mas a segurança dos pilotos, fiscais e oficiais de pista. O ritmo do veículo não é determinado por sua potência, mas pelo controle de corrida, diante de vários aspectos. Temos dois carros de alta performance comandados por um piloto mais do que experiente. O impacto da velocidade do Safety Car nos carros que o seguem é algo secundário e igual para todos”, diz a nota.
Seria interessante descobrir as reações da geração atual da F-1 se corresse até o início dos anos 1990, quando não havia um safety car oficial na categoria. Tempos em que o pelotão foi puxado, por exemplo, por um modesto Fiat Tempra por Interlagos. Sem reclamações.
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