Filho de acionista da McLaren vira reserva da Williams
O business da Fórmula 1, distante dos anos românticos e de improvisação, traz situações curiosas. Durante a temporada, a McLaren anunciou que o grupo canadense Sofina se tornou acionista do grupo, numa reestruturação iniciada com a saída de Ron Dennis do comando. Até aí nada demais, não pertencesse o conglomerado de alimentos ao pai de Nicholas Latifi, piloto da DAMS na Fórmula 2 e, no ano que vem, companheiro de Sérgio Sette Câmara no time francês.
Pois se vai caber ao brasileiro exercer a função de piloto de testes e desenvolvimento, Latifi foi anunciado como reserva da Williams. Que, desta forma, encerra qualquer vínculo com o capital russo – havia a remota possibilidade de Sergei Sirotkin pertencer ligado à equipe ou mesmo de efetivar Nikita Mazepin (que vai para a F-2 ano que vem), cujo pai tentou comprar a Force India, sendo atropelado por outro pai, o de Lance Stroll (Lawrence) e seu grupo de investidores. Aliás, cabe a precisão de que, ao menos na teoria, o canadense não poderia substituir um dos titulares, já que não dispõe da Superlicença – caso semelhante ao de Serginho na McLaren.
Latifi, de 23 anos, assegurou 11 dias de testes ao longo do ano, sendo um na pré-temporada, em Barcelona; dois na data destinada ao time de Grove para avaliação dos pneus Pirelli; outros dois nos treinos coletivos pós-GP durante o ano e nos treinos livres de seis sextas-feiras de GP. Uma contribuição a mais ao orçamento da Williams que, semana passada, confirmou o acerto com a PKN Orlen, uma das divisões do grupo petrolífero polonês Lotos, que ajudou a viabilizar a efetivação de Robert Kubica. Tudo indica, no entanto, que a marca a aparecer no FW42 será a da Spot Café, a rede de lojas de conveniência dos postos da marca.